sexta-feira, 29 de julho de 2016

Oração

Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando (Lucas 6.12).
Não sei em qual momento do dia você está lendo esta mensagem. Antes de continuar, permita-me fazer-lhe uma pergunta: você já orou hoje? Orar é talvez uma das práticas bíblicas mais simples que Deus nos deu. Contudo, nem sempre o mais simples é o mais fácil. Mesmo que não haja grandes segredos para conversamos com Deus, é necessário ter disposição e disciplina. A disposição é importante para que possamos abrir mão de alguns minutos das 24 horas que temos durante o dia. Para isso, talvez seja preciso dedicar um pouco menos tempo a assistir à televisão, navegar em sites da internet ou redes socais, trabalhar ou até dormir. Já a disciplina é fundamental para que eu, de fato, ocupe com oração o tempo separado para ela. Muitos não conseguem ser perseverantes em seu bom propósito de orar porque não são disciplinados. Isso depende, evidentemente, da força de vontade. O texto que você acabou de ler descreve algo comum na vida de Jesus. Apesar da sua agenda cheia, Ele sempre encontrava um tempo para orar. Aqui Ele se levantou de madrugada, em outros momentos a Bíblia fala que ao final do dia retirou-se para orar (como em Marcos 6.46), ou buscou o Pai à noite (Mateus 26.36 e versículo em destaque). A pergunta que faço a você e também para mim é: qual é o momento que estamos separando para conversar com nosso Deus? A oração é muito importante se quisermos ter um relacionamento íntimo com Ele. Assim como ouvia Jesus, Deus sempre está à disposição para nos ouvir e fortalecer.
Hoje quero convidá-lo (a) a refletir sobre seus hábitos de oração. Você tem demonstrado disposição para orar? Tem sido disciplinado? Que tal separar agora alguns minutos e falar com Aquele que pode ajudá-lo (a) em todos os demais compromissos da sua agenda?
Tempo “gasto” em oração é investimento no nosso relacionamento com Deus.

Leitura Bíblica:

Marcos 1.35-39

sábado, 23 de julho de 2016

Construindo

... é como um homem... que construiu a sua casa... (Mateus 7.24,26).
Durante minha infância, uma das coisas que gostava de fazer era acompanhar meu pai nas construções (casa, galpão, garagem, etc). Eu não saiba muita coisa, e provavelmente mais atrapalhava do que ajudava, mas gostava de aprender com ele sobre o que podia e o que não podia ser feito em uma construção.
Isso me fazia lembrar uma conhecida parábola da Bíblia, que Jesus contou ao encerrar o Sermão da Montanha (Mateus 5 a 7). Sabendo que nem todos os seus ouvintes aplicariam tudo o que Ele ensinou, Jesus arrematou sua exposição com uma história na qual aparecem dois homens: um que construiu sua casa sobre a rocha e outro que construiu a sua casa sobre a areia. Na parábola, quase tudo é igual: ambos construíram uma casa, e em ambos os casos o texto relata que “caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa” (v 25 e 27). Por que uma caiu, sendo grande a sua queda, enquanto a outra permaneceu intacta, sem cair? O texto é bem claro: dependia do alicerce. Ambos os casos falam de pessoas que ouviram as palavras de Jesus. A diferença não estava no ouvir, mas no fato de que um praticou o que ouviu, enquanto o outro não colocou em prática o ensino de Jesus.
A lição é clara e não há como não compreendê-la. Mas, o que quero destacar é que muitas vezes esquecemos que essa história está falando da nossa vida. Talvez você nunca tenha construído uma casa, materialmente falando. Isto não faz diferença, pois a lição do texto não é sobre arquitetura ou construção, mas sobre estilo de vida. Lembre-se que você está construindo a “casa da sua vida”.
Ainda quero lhe fazer algumas perguntas: sobre qual alicerce você está construindo? Você apenas ouve as palavras de Jesus, ou também – e principalmente- as pratica?
Construa! Mas construa sobre a base certa!

Leitura Bíblica:

Mateus 7.24-27

sábado, 9 de julho de 2016

Deixar para trás

[Pedro disse a Jesus:] Nós deixamos tudo para seguir-te (Marcos 10.28).
Chamou minha atenção uma música de Jeremy Camp que diz: “...deixando as coisas tão queridas que eu seguro, deixando toda minha dor e todos os meus medos...” Fiquei pensando em como há coisas em nossa vida que temos dificuldade de realmente entregar nas mãos de Deus. Sabemos que Ele tem os melhores planos para nós e que nunca vai nos desamparar, mas, na hora da prática, como é difícil deixar que Ele assuma o controle!
Por um lado, Jesus ensina que devemos entregar tudo a Ele e deixar que Ele cuide do que for necessário; por outro lado, nós teimamos. Há certas coisas que gostamos de agarrar com firmeza... Entregamos-lhe parte de nossa vida e queremos continuar controlando o restante. Quanto mais fortemente seguramos algo – seja um hábito, uma pessoa que colocamos acima de Deus, a área sentimental ou a questão financeira, por exemplo – nós mesmos estamos tornando nosso fardo mais pesado, deixando-o mais difícil de ser carregado. Por não abrirmos mão destas coisas, deixando de contemplar o que Deus tem para nós.
Muitas vezes criticamos o moço rico da leitura de hoje, por ele ter amado mais seu dinheiro e sua posição social do que a Deus, mas quantas vezes nós também queremos seguir a Jesus dando a Ele apenas uma parte de nós! O que o Senhor quer é que deixemos tudo em suas mãos para que Ele possa limpar e restaurar nossa vida, tirando aquilo que não presta e que precisamos deixar que vá embora. Isto pode incluir mágoas, inveja, orgulho, vícios, autossuficiência, amor ao dinheiro, obsessão pelo trabalho – e a lista continua. Qualquer uma destas coisas, se não colocada nas mãos de Jesus, pode se tornar mais importante para nós do que seguir a Ele, embora nem sempre tenhamos consciência disso.
Deixar tudo nas mãos de Deus não é fácil, mas vale a pena!

Leitura Bíblica:

Marcos 10.17-31

sábado, 2 de julho de 2016

Eu não vou

Eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho (Êxodo 33.3b).
Até onde Deus iria conosco? Facilmente responderíamos “em qualquer lugar”, afinal a promessa de Deus revelada por Jesus é que “estarei com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20b). Além do mais, cremos que Deus vê todas as coisas e tudo sabe – nada escapa ao seu olhar. Como cristãos também confessamos que o Espírito Santo faz do nosso corpo o seu santuário (1 Coríntios 6.19). Desta perspectiva teríamos realmente de concordar que Deus vai conosco em qualquer circunstância.
Porém, na história que lemos hoje, Deus se recusa a seguir junto com Israel no caminho à terra prometida. O povo havia feito um bezerro de ouro para adorar como um deus (Êxodo 32), e a ira divina se revelou contra a idolatria deles. Consequentemente, muitos foram mortos. Mesmo assim, Deus resolve cumprir sua promessa de dar a eles uma terra onde manava leite e mel. Um anjo iria à frente e expulsaria os habitantes daquela terra. Mas Deus não podia acompanhá-los enquanto a desobediência estivesse presente – conforme Isaías 59.2, nossas maldades nos separam de Deus. Depois, Moisés intercede pelo povo e Deus diz que os acompanharia (Êxodo 33.16-17). Ele sabia que somente com a presença de Deus teriam sucesso naquela empreitada.
Deus guiou o povo, mas não da forma como eles desejavam. Aprenderam que tinham de se submeter ao Senhor e confiar somente Nele. Em nossa vida, há momentos em que ansiamos por uma resposta de oração que seja conforme a nossa vontade. Por exemplo, que uma doença seja curada ou que uma pessoa querida entregue sua vida a Cristo. Porém, não nos cabe exigir que Deus cumpra suas promessas. O tempo é Dele, e Ele conhece a hora oportuna para cada coisa. Se quisermos que Deus nos acompanhe em nossas vidas, devemos antes nos submeter ao caminho que Deus nos mostra.
Quando fazemos o que Deus quer, temos a certeza de que Ele está conosco.

Leitura Bíblica:
Êxodo 33.1-6