domingo, 18 de dezembro de 2016

Parábola da Ovelha Perdida

Texto: Lucas 15.1-7

Logo no começo da leitura, podemos ver que os fariseus criticavam Jesus porque ele andava com pecadores e ainda participava de seus banquetes. Acho incoerente eles dizerem “pecadores”. Será que esses fariseus não eram capazes de reconhecer que eles também pecam? Que seu corpo está manchado pelo pecado? Diferente de muitas pessoas, o Cristo andava com aquelas pessoas que eram excluídas pela sociedade. Mas você sabe por quê? Em Mateus 9.12 temos a resposta: [Ouvindo isso, Jesus disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes”]. E os doentes são aqueles capazes de reconhecer sua doença; aqueles que conscientemente sabem que são pecadores e precisam da salvação. O pecado é como uma “doença espiritual”, isso porque ele afeta o espírito e promove um distanciamento do nosso Criador. A cura para o pecado é a salvação; é a morte de cruz, é o sangue do Cordeiro; é Jesus.
Quando leio o versículo 3 percebo claramente o cuidado de um legítimo pastor por suas ovelhas. É um pastor que não valoriza números, mas a qualidade de cada relacionamento dessas ovelhas com o Pai. Talvez você me pergunte “o que uma ovelha representa diante de 99?”. Se for julgar por números, realmente uma ovelha pode ser considerada insignificante. No entanto, não estamos falando de números. Dentre essas 99 ovelhas, quantas possuíam um relacionamento sadio e verdadeiro com seu pastor? Quantas reconheciam sua dependência? Quantas estavam doentes e precisavam de cuidado? Essa ovelha que se perdeu é extremamente significativa. Assim como as ovelhas, as pessoas não são todas iguais, pois cada uma possui a sua identidade, individualidade e essência; são únicas e exclusivas e, por isso, quando se perdem o pastor vai busca-las, pois são insubstituíveis.

O Todo Poderoso é um Deus que o (a) conhece pelo nome. O valor de sua alma é tão grande que vale mais do que ganhar o mundo inteiro! Alegre-se! O Eterno conhece o seu valor e, por isso, não pensou duas vezes em entregar Seu único Filho para morrer em seu lugar. Ele demonstrou tão grande amor por nós para provar o nosso valor e o quanto nós somos preciosos para Ele. Imagine uma mulher grávida que foi acometida por um aborto. Será essa criança só mais um número ou filho (a) amado (a) e querido (a)? Uma alma que se rende aos pés da cruz representa mais do que um dado estatístico. Servimos a um Deus de relacionamentos! A salvação não é um show que pode ser medido pelo número de seu público, pois só é salvo que tem legitimamente um relacionamento com o Senhor. Logo, a festa no céu pode ser para apenas para uma pessoa, mas é o indivíduo que realmente quis estar ali. Não é por merecimento, mas é pela graça e misericórdia de Deus em encontrar todos os perdidos e traze-los para a redenção e o arrependimento.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Análise do Livro de Jó

Antes de começar a leitura, leia Jó capítulo 1 (todo o capítulo). Esteja certo que o Espírito Santo irá acompanha-lo (a) durante toda essa leitura.

O capítulo inicia-se dizendo algumas características que existiam em Jó e eram apreciadas pelo Senhor, entre elas, estão a integridade e a justiça. Ser íntegro é ser honesto e imparcial. A integridade pode designar uma atitude de plenitude moral, sendo essa uma característica de uma pessoa incorruptível. Essa palavra está intimamente ligada a justiça. Mas você já parou para refletir o porquê de essas características serem tão apreciadas pelo Senhor do Céu e da Terra? A resposta é que essas duas características fazem parte da natureza divina de Deus e refletem a moralidade de Suas leis. Se você parar um pouco para refletir, irá notar que os melhores relacionamentos entre pais de filhos são entre aqueles que têm personalidades e características em comum. Ser cristão é ser semelhante a Cristo e no momento em que a Palavra nos diz essas duas qualidades de Jó, Ele está nos revelando que Jó é um filho legítimo, pois ele possui aspectos de sua personalidade que são semelhantes a de seu Criador. Assim, as suas características irão revelar se você é um filho do altíssimo ou um filho do Diabo.
Se você for um filho (a) do Eterno, receberá a sua aprovação, assim como Jó recebeu. Em seguida, a Bíblia nos conta que Jó possuia10 filhos, 11 mil cabeças de gado e inúmeros funcionários. Jó era um homem rico e próspero. Tudo isso se deve as suas virtudes já citadas. O Pai abençoa a todos (bons/ruins, ricos/pobres), porém, aqueles que andam segundo a Sua Palavra tem suas bênçãos em um patamar totalmente diferente. Mas Ele como Deus não deveria abençoar todos igualmente? A resposta é não. Lembre-se que Ele é JUSTO. A benção vem da obediência e da justiça, por isso, aqueles que são obedientes e justos são abençoados de forma singular como é descrito no livro de Deuteronômio capítulo 28 (leia depois). Os desobedientes também recebem bênçãos Dele por causa de Seu benevolente amor. Através do amor de Deus somos abençoados até mesmo sem merecer.
Ainda no primeiro parágrafo do capítulo 1, é dito que Jó era o homem mais rico do Oriente. Ao ler esse fragmento, tenho a plena certeza de que a riqueza que fazia de Jó o homem mais rico do Oriente não era apenas material, mas uma combinação de riqueza material e riqueza espiritual. Imagine quanta riqueza, Jó, com sua integridade e justiça tão apreciadas pelo Todo Poderoso, acumulou no céu. Muito diferente da riqueza material, seus tesouros no céu não podem ser quantificados. De todos os tesouros que Jó possuía, os únicos que não lhe foram tirados durante sua provação foram seus tesouros celestiais. Em Mateus 6.20 diz “Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem podem destruir, e onde os ladrões não arrombam e roubam”. Jó acumulou seu maior tesouro no lugar certo. E você? Onde tem acumulado seus maiores tesouros? Eles estão guardados na terra onde ladrões podem roubar ou estão no céu?
Jó era um pai zeloso e assim como todos os pais, ele não sabia o que acontecia quando ele não estava perto de seus filhos. Ele temia que durante os banquetes dados por seus descendentes eles pecavam e amaldiçoavam o nome do Senhor. Logo, todos os dias de madrugada ele oferecia um holocausto (os holocaustos eram comuns nessa época) em favor de cada filho (a). O fato de ele fazer isso de madrugada me chama a atenção. Ele podia ter feito de dia, porém, preferiu a noite, especificamente de madrugada. Creio que o motivo que o levava a fazer o holocausto de madrugada era o fato de que há calmaria na madrugada e ele poderia fazê-lo sob sigilo. Acredito que esse horário também era seu melhor momento de comunhão com o Pai, uma vez que nesse horário a maioria das pessoas encontra-se dormindo. E enquanto todos estavam dormindo, ele estava clamando e adorando o Deus de Israel. Consegue perceber como Jó era diferente? Como sua riqueza espiritual era produzida?
O versículo 9 nos mostra que Satanás foi se apresentar ao Senhor juntamente com outros anjos. Ao ser interrogado por Deus, o Diabo responde que estava perambulando pela Terra. Preste atenção nesse verbo “perambular”. Esse verbo indica ação e movimento, ou seja, quando Satanás disse que estava perambulando, a Bíblia deixa claro que ele não estava parado observando os homens; mas enganando, roubando e matando. E os homens, como estavam? Provavelmente dormindo espiritualmente! Não é hora de dormir no espírito! Satanás não para de se movimentar contra os santos do Senhor. Quem dormir espiritualmente será duplamente pego de surpresa. Primeiro, porque estará vulnerável ao ataque do inimigo e estará deixando brechas para sua investida. Segundo, porque quando Jesus voltar ele ficará para trás.
No verso 8 Deus fala a Satanás como seu servo Jó é uma pessoa de boa índole. O Eterno simplesmente conhecia a Jó muito bem e sabia de seus atributos, por isso, ele foi testado. Ele sabia que ao falar sobre a boa conduta de seu servo iria instigar o Diabo a tenta-lo e fazê-lo desviar-se de seu caminho. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). A provação que veio a Jó foi para provar seu caráter, no entanto, não era para o Senhor que ele deveria prova-lo (porque Ele já conhecia seu coração), mas para Satanás, pois ele que duvidava de sua santidade e fidelidade ao Pai.
Toda a série de desgraças ocorridas a Jó foram para testificar aquilo que Deus já conhecia a respeito de Jó: sua integridade, fidelidade e amor ao Criador. Além disso, a provação sofrida por ele também trouxe glória e honra Aquele que se assenta no Trono dos Céus. Posso concluir dizendo que Jó também conhecia o Deus que ele tinha, por isso, mesmo na tentação e no sofrimento não O abandonou. Sabia que Ele estaria com ele e que não iria abandoná-lo; acreditava que estaria com ele na riqueza material, mas também na pobreza de bens; cria que estaria presente na montanha mais alta, assim como no mais profundo vale; entendia que a Sua presença é constante em nossas vidas e que Ele é fiel em todo o tempo.
Já no versículo 10, o inimigo chega a dizer ao Altíssimo que Ele colocou uma cerca em volta de Jó, de sua família e de tudo o que ele possui. Cerca significa proteção. A mão do Senhor cobria a vida de Jó por completo e lhe dava proteção máxima. A fidelidade de Deus e a Sua proteção o acompanhavam por onde quer que ele fosse. Não obstante, cerca também representa separação. Jó e sua família eram separados para servir ao Onipotente. Eles eram vasos consagrados para Sua adoração e louvor. Ao colocar essa cerca era como se Ele dissesse: “Satanás, aqui você não toca porque aqui habitam meus preciosos vasos, eles são minha propriedade, eles são os meus servos e Eu sou o seu Deus”.
Nos versículos seguintes acontece o relato de cada uma das perdas de Jó. Ele perdeu muitas coisas valiosas, mas não perdeu seu bem mais precioso: o seu Deus. Quando Deus lhe tirar algo não olhe para o que você perdeu, porém, olhe para o que ainda lhe resta, pois o seu maior diamante só poderá emitir todo o seu brilho quando as coisas supérfluas e insignificantes cessarem a sua luz. Para muitas pessoas, é necessário perder o que há de mais precioso para repararem que existe um Deus que cuida delas e que as ama. Talvez os prazeres desse mundo e a riqueza material tenham ofuscado o brilho da salvação de muitos e até emudecido a voz que vem do Trono. Não deixe isso ocorrer! Será preciso perder aquilo que lhe é mais precioso para comtemplar a Luz do mundo e saber que Ele existe e lhe quer salvar?
De todos os versículos que há na Bíblia o que mais aprecio é Jó 1.21. Esse versículo sempre me faz lembrar de que a gratidão precisa ser constante em nossas vidas e não deve ser movida pelas circunstâncias. Jó, por exemplo, demonstrou uma atitude contrária ao que ocorre quando uma pessoa perde tudo, pois ele foi grato. Muitas pessoas começam a brigar, xingar, praguejar o nome de Deus quando a tempestade as alcança. Isso porque elas sempre veem a tempestade como um infortúnio, jamais pensam que a tempestade também pode vir para trazer bênçãos e para consertar aquilo que não está no lugar certo em suas vidas. Você está preparado para ser grato (a) a Deus? Se a tempestade lhe alcançar hoje você será capaz de dizer “obrigado (a) Senhor por tudo” e “o Senhor é bom em todo o tempo”? Sua gratidão será apenas de lábios ou será de coração? Será movida por circunstâncias ou será imutável como o amor do Pai?
Deus lhe abençoe!





sábado, 5 de novembro de 2016

Vídeo - Pai, Jamily


Você é um projeto de Deus


- Desisto – disse Alan ao pai. – Não tenho paciência para continuar tentando.
Com a experiência adquirida ao longo dos anos, o pai colocou-se calmamente ao lado do filho, que transpirava excessivamente.
-Qual é o problema, Alan? – disse o pai, olhando para as pequenas peças do ventilador.
- Está faltando peças neste ventilador, meu pai.
- Tem certeza?
- Absoluta.
Percebendo que o filho se precipitara, aproveitou a oportunidade para ensinar-lhe uma grande lição, oferecendo-se para auxiliar o garoto na montagem do aparelho.
Alan, um adolescente de 14 anos, gostava de trabalhos manuais, porém mostrava-se hiperativo e ansioso. Assim, rapidamente antecipou-se ao pai, apanhou as ferramentas e as peças do ventilador, e mais uma vez ignorou o manual de instrução. O pai continuava observando as tentativas do menino e os seus repetidos fracassos. Minutos depois, Alan chegou à conclusão de que, além de ter perdido tempo, desprezara o auxílio de seu pai. Envergonhado, disse:
- Pai, desculpe-me. Preciso de sua ajuda.
- Muito bem, Alan. O que você acha que está faltando para montar o aparelho corretamente?
- Bem, deixe-me ver ... O manual de instrução?
O pai fez sinal de positivo, e eles começaram a leitura do manual, identificando as peças e aprendendo ajustar uma à outra. Não demorou muito para que o aparelho estivesse montado e instalado no teto refrescando o quarto de Alan.
- Com o manual, tudo ficou mais fácil, papai. Seria muito bom se a gente tivesse também um manual de funcionamento – disse Alan, empolgado com a comodidade propiciada pelo aparelho.
- Tem razão, mas, e se eu lhe dissesse que cada um de nós tem um manual?
- Sério? – surpreendeu-se Alan.
O pai retirou-se por um instante, voltou com uma Bíblia e continuou:
- Cada ser humano é um projeto de Deus. Nosso correto desenvolvimento e modo de viver só acontecem quando vivemos orientados por este Manual.
Depois de dizer isso, o pai saiu e, após algum tempo, voltou ao quarto do filho e o encontrou lendo a Bíblia. Para não atrapalhar, fez um sinal e retirou-se, mas antes que saísse, Alan gritou:
- Pai, estou lendo este Manual para não cometer em minha vida os mesmos erros da montagem do ventilador.
Prezado (a) leitor (a), você é um projeto do Senhor. Sabe por que se sente insatisfeito (a) e não aceita as mudanças que estão ocorrendo em sua vida? Porque não está sendo orientado pelo Manual de instrução – a Bíblia Sagrada! Se não fizer isso, nunca estará “pronto”!
Sua vida jamais será a mesma se deixar que o Criador o (a) oriente no desenvolvimento desse projeto. Este é o melhor tempo para isso. Aceite a Cristo hoje, pois Ele está de braços abertos para recebê-lo (a), dizendo:

“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (João 6.35).

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Oração

Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando (Lucas 6.12).
Não sei em qual momento do dia você está lendo esta mensagem. Antes de continuar, permita-me fazer-lhe uma pergunta: você já orou hoje? Orar é talvez uma das práticas bíblicas mais simples que Deus nos deu. Contudo, nem sempre o mais simples é o mais fácil. Mesmo que não haja grandes segredos para conversamos com Deus, é necessário ter disposição e disciplina. A disposição é importante para que possamos abrir mão de alguns minutos das 24 horas que temos durante o dia. Para isso, talvez seja preciso dedicar um pouco menos tempo a assistir à televisão, navegar em sites da internet ou redes socais, trabalhar ou até dormir. Já a disciplina é fundamental para que eu, de fato, ocupe com oração o tempo separado para ela. Muitos não conseguem ser perseverantes em seu bom propósito de orar porque não são disciplinados. Isso depende, evidentemente, da força de vontade. O texto que você acabou de ler descreve algo comum na vida de Jesus. Apesar da sua agenda cheia, Ele sempre encontrava um tempo para orar. Aqui Ele se levantou de madrugada, em outros momentos a Bíblia fala que ao final do dia retirou-se para orar (como em Marcos 6.46), ou buscou o Pai à noite (Mateus 26.36 e versículo em destaque). A pergunta que faço a você e também para mim é: qual é o momento que estamos separando para conversar com nosso Deus? A oração é muito importante se quisermos ter um relacionamento íntimo com Ele. Assim como ouvia Jesus, Deus sempre está à disposição para nos ouvir e fortalecer.
Hoje quero convidá-lo (a) a refletir sobre seus hábitos de oração. Você tem demonstrado disposição para orar? Tem sido disciplinado? Que tal separar agora alguns minutos e falar com Aquele que pode ajudá-lo (a) em todos os demais compromissos da sua agenda?
Tempo “gasto” em oração é investimento no nosso relacionamento com Deus.

Leitura Bíblica:

Marcos 1.35-39

sábado, 23 de julho de 2016

Construindo

... é como um homem... que construiu a sua casa... (Mateus 7.24,26).
Durante minha infância, uma das coisas que gostava de fazer era acompanhar meu pai nas construções (casa, galpão, garagem, etc). Eu não saiba muita coisa, e provavelmente mais atrapalhava do que ajudava, mas gostava de aprender com ele sobre o que podia e o que não podia ser feito em uma construção.
Isso me fazia lembrar uma conhecida parábola da Bíblia, que Jesus contou ao encerrar o Sermão da Montanha (Mateus 5 a 7). Sabendo que nem todos os seus ouvintes aplicariam tudo o que Ele ensinou, Jesus arrematou sua exposição com uma história na qual aparecem dois homens: um que construiu sua casa sobre a rocha e outro que construiu a sua casa sobre a areia. Na parábola, quase tudo é igual: ambos construíram uma casa, e em ambos os casos o texto relata que “caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa” (v 25 e 27). Por que uma caiu, sendo grande a sua queda, enquanto a outra permaneceu intacta, sem cair? O texto é bem claro: dependia do alicerce. Ambos os casos falam de pessoas que ouviram as palavras de Jesus. A diferença não estava no ouvir, mas no fato de que um praticou o que ouviu, enquanto o outro não colocou em prática o ensino de Jesus.
A lição é clara e não há como não compreendê-la. Mas, o que quero destacar é que muitas vezes esquecemos que essa história está falando da nossa vida. Talvez você nunca tenha construído uma casa, materialmente falando. Isto não faz diferença, pois a lição do texto não é sobre arquitetura ou construção, mas sobre estilo de vida. Lembre-se que você está construindo a “casa da sua vida”.
Ainda quero lhe fazer algumas perguntas: sobre qual alicerce você está construindo? Você apenas ouve as palavras de Jesus, ou também – e principalmente- as pratica?
Construa! Mas construa sobre a base certa!

Leitura Bíblica:

Mateus 7.24-27

sábado, 9 de julho de 2016

Deixar para trás

[Pedro disse a Jesus:] Nós deixamos tudo para seguir-te (Marcos 10.28).
Chamou minha atenção uma música de Jeremy Camp que diz: “...deixando as coisas tão queridas que eu seguro, deixando toda minha dor e todos os meus medos...” Fiquei pensando em como há coisas em nossa vida que temos dificuldade de realmente entregar nas mãos de Deus. Sabemos que Ele tem os melhores planos para nós e que nunca vai nos desamparar, mas, na hora da prática, como é difícil deixar que Ele assuma o controle!
Por um lado, Jesus ensina que devemos entregar tudo a Ele e deixar que Ele cuide do que for necessário; por outro lado, nós teimamos. Há certas coisas que gostamos de agarrar com firmeza... Entregamos-lhe parte de nossa vida e queremos continuar controlando o restante. Quanto mais fortemente seguramos algo – seja um hábito, uma pessoa que colocamos acima de Deus, a área sentimental ou a questão financeira, por exemplo – nós mesmos estamos tornando nosso fardo mais pesado, deixando-o mais difícil de ser carregado. Por não abrirmos mão destas coisas, deixando de contemplar o que Deus tem para nós.
Muitas vezes criticamos o moço rico da leitura de hoje, por ele ter amado mais seu dinheiro e sua posição social do que a Deus, mas quantas vezes nós também queremos seguir a Jesus dando a Ele apenas uma parte de nós! O que o Senhor quer é que deixemos tudo em suas mãos para que Ele possa limpar e restaurar nossa vida, tirando aquilo que não presta e que precisamos deixar que vá embora. Isto pode incluir mágoas, inveja, orgulho, vícios, autossuficiência, amor ao dinheiro, obsessão pelo trabalho – e a lista continua. Qualquer uma destas coisas, se não colocada nas mãos de Jesus, pode se tornar mais importante para nós do que seguir a Ele, embora nem sempre tenhamos consciência disso.
Deixar tudo nas mãos de Deus não é fácil, mas vale a pena!

Leitura Bíblica:

Marcos 10.17-31

sábado, 2 de julho de 2016

Eu não vou

Eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho (Êxodo 33.3b).
Até onde Deus iria conosco? Facilmente responderíamos “em qualquer lugar”, afinal a promessa de Deus revelada por Jesus é que “estarei com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20b). Além do mais, cremos que Deus vê todas as coisas e tudo sabe – nada escapa ao seu olhar. Como cristãos também confessamos que o Espírito Santo faz do nosso corpo o seu santuário (1 Coríntios 6.19). Desta perspectiva teríamos realmente de concordar que Deus vai conosco em qualquer circunstância.
Porém, na história que lemos hoje, Deus se recusa a seguir junto com Israel no caminho à terra prometida. O povo havia feito um bezerro de ouro para adorar como um deus (Êxodo 32), e a ira divina se revelou contra a idolatria deles. Consequentemente, muitos foram mortos. Mesmo assim, Deus resolve cumprir sua promessa de dar a eles uma terra onde manava leite e mel. Um anjo iria à frente e expulsaria os habitantes daquela terra. Mas Deus não podia acompanhá-los enquanto a desobediência estivesse presente – conforme Isaías 59.2, nossas maldades nos separam de Deus. Depois, Moisés intercede pelo povo e Deus diz que os acompanharia (Êxodo 33.16-17). Ele sabia que somente com a presença de Deus teriam sucesso naquela empreitada.
Deus guiou o povo, mas não da forma como eles desejavam. Aprenderam que tinham de se submeter ao Senhor e confiar somente Nele. Em nossa vida, há momentos em que ansiamos por uma resposta de oração que seja conforme a nossa vontade. Por exemplo, que uma doença seja curada ou que uma pessoa querida entregue sua vida a Cristo. Porém, não nos cabe exigir que Deus cumpra suas promessas. O tempo é Dele, e Ele conhece a hora oportuna para cada coisa. Se quisermos que Deus nos acompanhe em nossas vidas, devemos antes nos submeter ao caminho que Deus nos mostra.
Quando fazemos o que Deus quer, temos a certeza de que Ele está conosco.

Leitura Bíblica:
Êxodo 33.1-6


domingo, 26 de junho de 2016

Conselhos

Os planos do Senhor permanecem para sempre; os propósitos do seu coração, por todas as gerações (Salmos 33.11).
Ouvi falar de um jovem que estava pronto para se jogar do alto de uma grande ponte. Ao notar aquilo, um voluntário bem intencionado subiu até lá e iniciou uma conversa no sentido de convencer o jovem suicida a descer em segurança. O voluntário conselheiro pede ao “suicida” que espere apenas alguns minutos antes de qualquer atitude precipitada. Os dois chegam a um acordo: o jovem desesperado explicaria em 15 minutos os motivos que o levavam ao suicídio e o voluntário conselheiro apresentaria em 15 minutos bons motivos para viver. O jovem suicida, no tempo que cabia, falou acerca de todos os problemas sentimentais e emocionais que passava na família, na escola, no trabalho. O voluntário, impactado com tantos problemas do jovem desesperado, informou no prazo que cabia que passava por situações semelhantes. Enfim, após os 30 minutos, qual não foi a surpresa: os dois pularam da ponte.
O texto da leitura de hoje fala de um rei chamado Roboão, filho e sucessor de Salomão. Ele desprezou os bons conselhos dos sábios e tomou conselhos com os mais jovens que haviam crescido com ele, causando assim a grande divisão da nação de Israel.
A Palavra de Deus nos aponta no Salmo 1 a felicidade daquele que tem o prazer nos conselhos vindos do Senhor. Conselhos sábios são fundados na Lei do Senhor e não em “achismos” de ímpios, pecadores ou escarnecedores. Muitas vezes acabamos tão perturbados com as circunstâncias da vida que acabamos dando ouvidos a maus conselhos. Lembremos que o nosso Senhor Jesus, além de tantos atributos, é também Maravilhoso Conselheiro prometido em Isaías 9.6, que está sempre pronto para nos ajudar nos momentos de crise. Na verdade, os conselhos do Senhor são bons e duram para sempre. São esses os que merecem ser seguidos.
O bom conselheiro não dá ênfase aos problemas, mas às soluções vindas de Deus.

Leitura Bíblica:
1 Reis 12-15


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Pecado

O que é o pecado? Pecado é um ato de desobediência a Deus, é transgredir a lei de Deus. “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.” (1 João 3.4).  O pecado ofende a Deus e quando nós pecamos o nosso relacionamento com Ele é rompido.  Existem duas formas de se pecar: o pecar consciente e o pecar inconsciente. O pecado consciente é todo aquele que nós temos plena consciência e razão que determinado ato desagrada a Deus, ou seja, que é pecaminoso. Já o pecado inconsciente é aquele em que não percebemos e conhecemos que é de origem pecaminosa, mas praticamos. Dentre as formas de se pecar consciente e inconscientemente nós podemos pecar destas formas (apenas alguns exemplos): através de palavras, ações e pensamentos. Pecar por palavras seria blasfemar contra Deus e o Espírito Santo; dizer palavrões e mentiras, entre outras palavras que não agradam a Deus. Através de ações podemos citar o adultério, a prostituição, a fornicação (sexo antes do casamento), o furto, a idolatria, o homossexualismo e o homicídio. Já através de pensamentos podemos incluir os sonhos (sonhos eróticos e outros tipos) e os pensamentos imorais. Vou falar sobre um pecado que muitas pessoas cometem, mas não sabem, ou seja, é um pecado inconsciente: “ficar”. Hoje é normal, totalmente comum os jovens e até aqueles que não são jovens “ficarem”. Mas o ato de “ficar” é considerado pecado; na Bíblia não fala que ele é considerado ofensivo a Deus, porém, quando analisamos suas características vemos que ele é igual a um pecado que Ele condena: a prostituição. Vamos comparar o ato de ficar com a prostituição (considere nesse caso uma prostituta ou um garoto de programa) para vermos se realmente são iguais. Na prostituição a pessoa vende seu corpo por dinheiro e se entrega aos prazeres da carne; nela não há parceiros (as) fixos (as). No “ficar” a pessoa também vende seu corpo (só que de graça) e nela também não há parceiros (as) fixos (as); cada um “fica” com o outro numa relação sem compromisso desfrutando dos prazeres da carne. Mas até o beijo na boca é considerado pecado? Se for no ato de “ficar”, sim; se for no namoro (relação com compromisso), não. Pense num homem que apenas beijou uma prostituta e não teve relações sexuais com ela (difícil de acontecer, mas é só um exemplo), eles deixaram de se prostituir só porque deixaram de ter relação sexual? Ou deixaria de ser prostituição se não tivesse dinheiro envolvido, ou seja, fosse de graça (como ocorre no ato de ficar)? Não! Ainda é considerado prostituição, mesmo que tenha sido apenas um beijo na boca.  E o sexo no namoro é permitido? O que a Bíblia diz sobre o sexo antes do casamento/sexo pré-matrimonial? Não existe uma palavra hebraica ou grega usada na Bíblia que precisamente se refira ao sexo antes do casamento. A Bíblia inegavelmente condena o adultério e a imoralidade sexual, mas é o sexo antes do casamento considerado sexualmente imoral? De acordo com 1 Coríntios 7.2, "sim"e  a resposta é clara: "mas, por causa da prostituição, tenha cada homem sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido." Neste versículo, Paulo declara que o casamento é a "cura" para a imoralidade sexual. Primeiro Coríntios 7.2 está essencialmente dizendo que, porque as pessoas não conseguem se controlar e por isso muitas estão tendo sexo imoral fora do casamento, elas devem se casar. Só então poderão satisfazer as suas paixões de uma forma moral.
Já que 1 Coríntios 7.2 claramente inclui o sexo antes do casamento na definição de imoralidade sexual, todos os versículos bíblicos que condenam a imoralidade sexual como sendo pecaminosa também condenam o sexo antes do casamento como pecado. O sexo antes do casamento faz parte da definição bíblica de imoralidade sexual. Existem inúmeras Escrituras que declaram o sexo antes do casamento como sendo um pecado (Atos 15.20, 1 Coríntios 5.1; 6.13, 18; 10.8, 2 Coríntios 12.21, Gálatas 5.19, Efésios 5.3, Colossenses 3.5, 1 Tessalonicenses 4.3, Judas 7 [leia-os por favor]). A Bíblia promove a abstinência completa antes do casamento. O sexo entre o marido e sua esposa é a única forma de relações sexuais que Deus aprova (Hebreus 13.4).
Embora a praticidade não determine o certo do errado, se a mensagem da Bíblia sobre o sexo antes do casamento fosse obedecida, haveria bem menos doenças sexualmente transmissíveis, abortos, mães solteiras e gestações indesejadas, assim como existiriam bem menos crianças crescendo sem ambos os pais em suas vidas. A abstinência é a única política de Deus quando se trata do sexo antes do casamento. A abstinência salva vidas, protege bebês, dá às relações sexuais o valor adequado e, mais importante, honra a Deus. Devemos lembrar também que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo como diz em 1 Coríntios 6.19-20 : “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”  No caso de “ficar”, quem não sabia que era pecado agora sabe, ou seja, passou a ser consciente. Agora a respeito do sonho. Como posso pecar no sonho? O sonho é um mundo de imaginação e muitas vezes pode também ser um canal (meio) de Deus falar conosco nos dando revelações e visões. Pense assim, tudo que é pecado neste mundo também o é no sonho. Então você poderá dizer assim: “mas nem tudo que eu sonho eu faria na realidade. Se eu soubesse de certas coisas no sonho (tivesse consciência) não faria, ou seja, no sonho peco inconscientemente”.  Então pecar na realidade é mais grave que no sonho, já que este ocorre muitas vezes de forma inconsciente? Eu considero que sim, que os pecados da realidade são mais graves do que no sonho.  Na Bíblia, todos os pecados são considerados ofensivos a Deus, não há um que Ele falou “este é o pecado que mais detesto”. Porém, se formos pensar o que é mais grave? Contar uma mentira ou matar alguém? Neste sentido, podemos ver certa distância entre a gravidade das ações, ou seja, que matar é mais grave que mentir. Mas na Bíblia não diz isso, entretanto, considera um o mais odioso: a blasfêmia contra o Espírito Santo, como vemos em Mateus 12.31-32: “Por esse motivo eu lhes digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na era que há de vir.” Este é o único pecado que não será perdoado por Deus. Os outros são agrupados sem uma escala de maiores ou menores pecados, mas todos ofendem a Deus e levam a condenação. Uma outra forma de pecar por pensamento é a de você ver algo com seus olhos ou até mesmo pensar em algo pecaminoso de forma consciente, exemplo: um homem vê uma mulher muito bonita e começa a se imaginar tendo relações sexuais com ela e a vendo nua. Este é um pecado por pensamento e de forma consciente. Mas talvez você se pergunte: “por que certas coisas são consideradas pecaminosas e ofensivas a Deus e outras não? Por que o casamento é considerado honroso a Deus e o adultério e a prostituição não?” Para responder a esta pergunta devemos pensar da seguinte maneira: Deus é o nosso Criador, Ele é o Legislador universal. Foi Ele quem criou tudo e também as leis. Jeová definiu na criação do mundo o que seria permitido e honroso a Ele e o que seria proibido (pecado) e ofensivo a Ele. Isso não significa que tudo que é pecado é essencialmente mal. Por exemplo, o fruto da árvore que Eva comeu no jardim poderia ser considerada algo essencialmente mal? Gênesis 2.16-17 diz: E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". Será que ter conhecimento sobre o bem e o mal seria ruim? Afinal, se soubermos que algo é errado e desagradável a Deus poderemos evitá-lo, não é mesmo? Se olharmos desta forma o fruto não parece ser algo ruim. Então porque foi considerado pecado? Porque DESOBEDECERAM às ordens de Deus. Talvez, quando Ele os proibiu de comerem aquele fruto, estava apenas testando a obediência deles e o fruto em si não era “mal”. Mas eles desobedeceram uma regra e foram punidos. Pense agora na nossa constituição para fazermos uma comparação. Quem a criou e por quê? Um grupo de pessoas se juntou (não é interessante citar os nomes, pois este não é o foco) e definiu o que seria considerado crime na nação, além de definir os direitos e deveres de cada cidadão. Esse grupo de pessoas foram os legisladores (quem criou as leis), do mesmo jeito que Deus é nosso Legislador. Eles queriam construir uma nação com regras. Mas para que servem as regras? Para haver organização e igualdade de direitos. Já imaginou se cada um fizesse o que quer? A nação seria desorganizada e nada democrática. Aí é onde entram as regras: para dar organização, disciplina e igualdade a todos. E o que acontece quando as regras não são obedecidas? Há punição. A punição pelo não cumprimento de uma lei é uma forma de fazer justiça e de se manter a ordem no país. Se não houver punição mais pessoas poderão praticar o mesmo crime e novamente teremos não uma nação, mas um aglomerado de pessoas egoístas e que pensam somente em sua sobrevivência causando o caos; tornando-se um lugar onde reinam a desordem e a injustiça. As leis do nosso país são para causar medo (é claro que existem pessoas que as seguem por respeito e não medo, mas creio que a maioria não comete um crime com medo da punição), medo este que venha manter a ordem na pátria.  Deus quando criou suas leis, não queria que nós obedecêssemos a elas por medo de sermos punidos, mas sim como uma forma de amor a Ele. Ele quer que sejamos obedientes não pelo medo, mas por amor a Ele. Quem obedece por medo, não ama. Porém, quem obedece por amor tem profundo respeito e admiração pelo outro. Mesmo que muitos não vejam, na constituição de muitas nações há uma grande relevância quanto a vida das pessoas. A vida de um ser humano é extremamente valorizada nela. Mas por que será? Nós desconhecemos o porquê de algumas coisas serem erradas ou certas, mas dentro de nós existe algo chamado instinto que foi nos dado por Deus. E nesse instinto há uma valorização da vida vinda da parte de Deus por que Jesus disse em Mateus 22.39: “E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.” Portanto, mesmo que inconscientemente muitas pessoas aceitam uma ordem dada por Deus. Mas a grande questão destas ordens dadas por Deus, não é entender o porquê, mas sim obedecer. Deus espera de nós obediência. Eu pelo menos acho que se Ele quisesse que entendêssemos o porquê de certas coisas serem proibidas por Ele, isso teria sido escrito na Bíblia. Ele tem seus motivos para proibir ou permitir. Nem tudo sobre Deus conseguiremos entender. Se nem o nosso semelhante nós entendemos por completo (às vezes até nós mesmos), como entender a Deus que é um ser superior e perfeito?
Se o pecado é o rompimento de nosso relacionamento com Deus, então o que é o perdão? O perdão é nosso reconciliamento com Deus, é a restauração de nossa relação com Ele. É claro que se for considerar pessoas nem todas perdoam e voltam a restaurar a relação que tinham antes de ela ser rompida (perdoam, mas nunca mais voltam a se falarem ou se verem e etc.). Mas como estamos falando de Deus, há sim essa restauração, o restabelecimento do relacionamento.  Eu costumo dividir o arrependimento (perdão é arrependimento) em dois tipos: o arrependimento parcial e o total. Essa divisão é inexistente na Bíblia, vou falar sobre ela apenas como uma forma de clarear a visão sobre o que é realmente perdoar e se arrepender. O arrependimento parcial eu considero como sendo uma ação em que nós admitimos que erramos, mas logo depois voltamos a cometer o mesmo erro. Exemplo (os meus exemplos costumam ser exagerados, eu tento considerar as situações mais difíceis, pois afinal, perdoar e se arrepender não é algo fácil de fazer): Vamos supor um homem solteiro (que tenha consciência sobre o que é biblicamente errado ou não) chega em sua casa e se depara com uma mulher linda e nua na sua frente e que quer ter relações sexuais com ele. Ele não consegue se controlar e parte para cima. Ele cometeu o pecado conhecido como fornicação (ter relações sexuais antes do casamento). Como ele tinha conhecimento sobre as leis de Deus e o Espírito Santo o acusa de seu erro, ele se arrepende de seu ato. Porém, depois de algum tempo a mesma situação ocorre: ele chega em sua casa e lá está aquela mulher novamente (“o pecado novamente está batendo na porta”) e ele mais uma vez não se controla. Pode ser que você diga “ele não se arrependeu, já que cometeu o mesmo erro duas vezes”. Mas nesse caso considere que este homem arrependeu-se de verdade do primeiro erro. Este é o pecado que chamo de parcial: aquele que a pessoa se arrepende de um ato passado, mas se tiver uma nova chance no futuro diz “sim” a tentação. O arrependimento total como o nome diz abrange a totalidade, tudo. Considerando o mesmo exemplo do homem já mencionado acima que se arrepende de sua primeira atitude, considere que em sua segunda oportunidade de pecar ele não irá dizer “sim”, mas “não”. Este é o arrependimento total: a pessoa admite o erro que cometeu no passado e NÃO VOLTA a cometê-lo no futuro. É a pessoa que realmente aprendeu com o erro, pois quem aprende de verdade não volta a cometê-lo novamente. Este é o VERDADEIRO arrependimento. Mas se este é o verdadeiro arrependimento por que falou sobre o outro (o parcial)? Para todos perceberem o que realmente é arrepender-se, porque tem muitas pessoas pecando e cometendo os mesmos pecados achando que Deus sempre a está perdoando.  Deus perdoa sim, mas somente quem VERDADEIRAMENTE arrepende-se de seu pecado, ou seja, não volta a cometê-lo (não há como viver uma vida sem pecado já que somos pecadores desde que nascemos, mas há como viver com o mínimo possível). Ou você acha que Ele concede perdão a quem se arrepende parcialmente? Para Jeová não há meio termo: ou você se arrepende do seu pecado por completo ou não; ou perdoa uma pessoa completamente ou não; ou você O segue ou não. Ficar em “cima do muro” não é está com o Pai, pois quem está com Ele não está em cima do muro ficando divido entre Ele e Satanás, mas está do lado Dele. Agora irei abordar sobre a ação de perdoar. Em Marcos 11.25-26 diz: “E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados.” Neste versículo fica evidente que para sermos merecedores do perdão de Deus, teremos de perdoar nossos semelhantes, o nosso próximo. Diria que quem não colocar em prática o segundo maior mandamento dado por Jesus (que é amar o seu próximo como a si mesmo) não terá seus pecados perdoados. Lucas 17.3-4 já diz: [Tomem cuidado. "Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe".] O que este versículo nos diz? Que primeiramente devemos conhecer nosso erro (referindo- se a repreender, dizer que tal ato é considerado ofensivo a Deus). Afinal, como poderemos admitir que erramos e nos arrependermos se não sabemos que estamos no erro? Então, o primeiro passo é dizer ao seu irmão que ele pecou, é mostrar que ele errou. Depois de conhecer o erro, ele tem que admitir que errou e se arrepender,  e nesse caso, nosso dever é perdoar. Um exemplo sobre uma situação difícil de perdoar: pense em uma família feliz e cristã composta por um pai; uma mãe; uma filha e um filho, ambos os filhos são crianças. Em um dia não tão feliz aparecem assaltantes em sua casa. Eles então amarram o pai em uma cadeira, estupram seus dois filhos bem na sua frente e depois os matam com um tiro; sua mulher é torturada até a morte e suas partes dividas e entregues aos cães. Suponha que este pai foi obrigado a ver tudo isso. É fácil perdoar esse grupo de assaltantes que causou esse terrível episódio em sua vida? Com certeza não. Nesse caso, dizer para os assaltantes que eles erraram não seria algo viável, visto que eles não lhe dariam ouvidos. O dever desse pai é perdoar, por mais difícil que seja. Se Ele não os perdoar não há como Ele ser salvo, pois é preciso ter a Deus como Único Salvador (aceitar Jesus) e também arrepender-se de todos os seus pecados para ser salvo. Além disso, se ele se recusasse a perdoar não estaria colocando em prática o mandamento de Jesus. É neste momento que ele mais deveria colocar o amor em prática. Aqueles assaltantes podem não ter mostrado amor e piedade para com sua família, mas esse pai como um verdadeiro servo de Deus deve mostrar amor e compaixão por eles. Deus quer ver amor e compaixão em nossas ações até nas piores situações. Como o perdão e arrependimento devem ser feitos? Eles devem vir do coração, pois não adianta dizer palavras de arrependimento ou perdão, é preciso sentir e viver o perdão. E outra coisa é que ele precisa ser completo e inteiro. O perdão é um gesto, uma ação que demonstra amor. Quem ama não ama pelas metades, mas por inteiro, revelando através de uma atitude que um sentimento vale mais do que palavras e que seu significado transpõe qualquer obstáculo para chegar ao seu alvo.
Quando se arrepender ou for perdoar alguém se lembre de que deve ser inteiro e vir do coração. Esta geralmente é a oração que faço ao pedir perdão a Deus (lembre-se que ela só é válida para Deus se vir do coração e você realmente estiver arrependido): “Senhor me perdoe pelos pecados que cometi consciente e inconscientemente através de palavras, pensamentos e ações. Perdoa-Me Deus de todos os meus pecados. Lave-me, purifique e limpe tudo que é impuro e desagradável a Ti. Obrigado e Amém!” Versículos relacionados ao tema: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139.23-24). “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.” (Isaías 1.16). ["Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. (Isaías 1.18)]. “Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma. Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1 João 1.5-10). E para finalizar: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6.23).  



quinta-feira, 2 de junho de 2016

Medo

Busquei o Senhor, e Ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores (Salmos 31.4).
Quando estamos com medo, nossa tendência é pedir a Deus que nos socorra e salve. No texto de hoje vemos o contrário. O medo pode deixar alguém desesperado, mesmo que seja um homem de Deus como Elias, que chegou a pedir em oração que o Senhor acabasse com tudo aquilo. A causa do seu desespero não era imaginária. Era bem real: ele não suportava mais a pressão a que estava sujeito, pois a rainha queria matá-lo e tinha meios para isso. Este tipo de pavor é normal; quem não tem medo de morrer? Veja como é o nosso Deus: Ele ouve todas as orações, seja de quem for, mas atende-as à sua maneira, pois pessoas inseguras e desesperadas, como o profeta naquela ocasião, não sabem pedir. Elias pediu para morrer e Deus deu-lhe descanso para reanimá-lo. Ele não estava sozinho, o Senhor o acompanhava e por duas vezes mandou um anjo alimentá-lo, porque estava triste e fraco, tanto que precisou dormir novamente.
Não precisamos ser heróis (Elias também não foi – chegou a desistir de tudo), mas quer a causa do medo seja uma ameaça real, como no caso de Elias, quer seja imaginária, como muitas vezes acontece, é importante levar nossa preocupação a Deus e pedir-lhe que cuide dela. O próprio Senhor dará as forças e o ânimo de que necessitamos quando nos entregamos às suas mãos. Quando pedimos ao Senhor que nos faça companhia, o receio desaparece e teremos as forças necessárias – como Elias, que depois encarou uma longa viagem a pé, para em seguida, ser informado de vários projetos que Deus ainda tinha para ele. A Bíblia confirma essa ajuda que Deus nos proporciona, como por exemplo: “Com o meu Deus posso transpor muralhas” (Salmos 18.30) ou “Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem, mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças” (Isaías 40.29-30).
Quando estiver no fim da linha, lembre-se que a de Deus é eterna.

Leitura Bíblica:

1 Reis 19.19

domingo, 22 de maio de 2016

Matemática Divina

Como poderia um só homem perseguir mil, ou dois porem em fuga dez mil? (Deuteronômio 32.30).
Deus não trabalha conforme nossa lógica. Seus pensamentos são totalmente intangíveis e, quando pensamos entendê-los, estamos somente confundidos e perdidos em nossas próprias conclusões.
Na ótica humana é difícil visualizar algo que ultrapasse o palpável e o concreto. Não dá para imaginar o infinito, a eternidade, o que não tem começo, o que surge a partir do nada... A sabedoria e o poder de Deus ultrapassam a medida que a mente humana é capaz de compreender – mesmo que ela pertença à mais inteligente do mundo. Ainda que tenhamos sido criados à imagem e semelhança de Deus, jamais entenderemos sua magnitude e sabedoria. Se sua criação já demonstra obras tão astronômicas, como poderíamos pensar que seria possível medir o Criador com nossas unidades matemáticas tão rudimentares? Na matemática do Senhor, o impossível é alcançado e não pode ser provado pela ciência humana. Suas proporções são multiplicadas numa progressão que chega ao infinito.
Pela sua decisão, um pequeno grupo é capaz de vencer um exército, setenta pessoas (os descendentes de Abraão) conseguem formar um povo tão numeroso quanto as estrelas do céu; cinco pães nas mão de Jesus alimentam uma multidão (e ainda restam doze cestos com sobras). Por fim, um único Homem salva o mundo inteiro!
Deus trabalha com grandes números e porções incontáveis, é generoso em seus favores e faz seu espírito transbordar em nós. Ele age assim para nos instruir e ensinar sobre Seu poder criador, em que a multiplicação acontece a partir da divisão.
Por isso, não tema o tempo de escassez. Creia! Deus não precisa dos nossos recursos para multiplicar o que você precisa para viver.
Divida sua vida com Deus e viva a abundante medida de sua matemática.

Leitura Bíblica:

2 Reis 4.42-44

domingo, 8 de maio de 2016

Ira Divina

Aqui será feita uma reflexão com base no livro de Êxodo mostrando as facetas de Deus tendo como base o dialogo entre um cético e um judeu. Achei muito interessante a pergunta e fiquei surpreso com a resposta.
Cético:
 “O livro de êxodo narra a história de um Deus amoroso que colocou seu povo escolhido na escravidão… Ele então permitiu que o faraó matasse todos os bebês judeus e salvasse Moisés para que ele pudesse libertar os escravos judeus. Deus então atingiu o povo egípcio (que também fora criado por Ele) com dez pragas. Finalmente, Ele enviou Seu anjo da morte para assassinar todos os primogênitos, porque Ele queria que o faraó libertasse os escravos judeus que Ele permitira sofrer por um longo tempo. Você poderia responder que é livre arbítrio do homem fazer atos de maldade… Mas… Os anjos somente agem seguindo instruções de Deus… Por que você desejaria rezar e prestar homenagem a um matador invisível de bebês?”
Judeu:
“Querido Insensível,

Aceito a sua pergunta pela ingenuidade. As melhores questões de todas são as irreverentes que desrespeitam o protocolo e não se enquadram na mentalidade coletiva convencional. Sua pergunta capta o conflito que pessoas enfrentam na atualidade, quando confrontam a história do Êxodo ou outros eventos bíblicos.
Quem ler a Torá (Essencialmente torá em hebraico significa ensinamento, se refere basicamente ao Pentateuco, ou seja, os cinco primeiros livros da bíblia. O nome Torá deriva da palavra hebraica Yará, que quer dizer ensinar, instruir, apontar para o alvo, estabelecer uma fundação. Na tradição judaica existem duas torá, a escrita e a oral.) literal com um olhar honesto não poderá deixar de ser levado pelo dilúvio de violência e guerra em nome de um Deus vingativo. Algumas das maldições declaradas nela são sangrentas demais para repetir.
Não admira que um dos mais fortes estereótipos do nosso tempo seja alguém brandindo fogo, o evangelista da Bíblia socando o ar com o punho cerrado e a voz trêmula, invocando o nome do Eterno que atingirá os pecadores do mundo com pestilência e doenças. Quem com mente sã e espírito sadio desejaria associar-se com esta abordagem de fogo e pedra?
Tudo isso traz à mente uma das questões eternas – e mitos fundamentais – sobre a Torá): o ciclo aparentemente interminável de ira, violência, raiva, inveja e vingança – todos por parte do Divino. Que espécie de Deus é tão punitivo? E quem desejaria abraçar um Deus furioso e violento?!…
Acrescente à equação milênios de abuso religioso autoritário, e teremos todos os ingredientes para a profunda alienação e rejeição tola de todas as coisas religiosas hoje. Quem afinal deseja um relacionamento com um Deus tão punitivo, vingativo e sangrento? Na verdade, por este exato motivo muitas pessoas encontram muito mais consolo no amor e gentileza dos textos religiosos que não sejam da Bíblia. Parece mais apropriado que um livro espiritual deveria fazer você se sentir aquecido e fortalecido, em vez de expô-lo a uma avalanche de guerras, traições e retribuições.
Ainda mais intrigante é o fato de que essa mesma Torá seja o alicerce da civilização. Os princípios morais dos Dez Mandamentos continuam sendo a maior declaração de virtude e ética. Em meio a toda a violência da história, os valores bíblicos se destacam até hoje como um exemplo reluzente dos mais nobres padrões que o homem pode jamais atingir. Como um livro tão violento produziu tanta beleza e na verdade fez nascer a benevolência, esperança, providência e todos os maiores ideais de que somos capazes?! Há sistemas de crença que são lindos no papel, mas na realidade causaram estragos à raça humana; a Bíblia parece soar beligerante no papel, mas quando aplicada, produz o estilo de vida mais refinado.
Revelar o mistério – e paradoxo – da Bíblia – exige um retorno às suas raízes. Qualquer tradução da Bíblia dificilmente reflete e faz justiça ao original hebraico e seus significados ricos e metafóricos. (Por esse motivo a tradução da Bíblia foi vista como um momento triste). Primeiramente o hebraico, em sua forma literal, é uma linguagem simbólica ao contrário da maioria das outras linguagens, que são literais, descritivas. Palavras como “fúria” e “vingança” têm significados e implicações completamente diferentes em hebraico e nas suas traduções.
Ainda mais importante é o fato de que a Torá “fala na linguagem do homem” (Talmud, Berachot 31b). Devemos eliminar quaisquer noções antropomórficas que possam ser deduzidas das expressões, conceitos e analogias bíblicas. Devem ser entendidas em termos não espaciais e não corpóreos. A Torá fala em linguagem humana para que possamos ter alguma concepção dessas ideias. Porém esses termos precisam ser despidos de quaisquer conotações temporais, espaciais e corpóreas, pois são todos não atribuíveis ao Divino.
A Torá não pode ser avaliada somente através de uma leitura literal. Até sua dimensão literal é infundida com camadas de significados – especificamente quatro camadas (literal, alegórica, homilética e mística) – embebidas uma dentro da outra.

Nossos sábios na verdade descrevem a Torá como um documento espiritual. Ela “fala sobre as coisas acima [espirituais] e alude a coisas abaixo [físicas].” Às vezes a Torá é comparada a um projeto arquitetônico, que o Arquiteto Cósmico usou para construir este universo. Portanto, em vez de impor nossos significados mortais, estreitos e superficiais nas palavras “ira” e “maldição”, a Torá nos desafia a nos abrirmos aos significados Divinos desses termos e experiências. Na verdade, esses mesmos conceitos se originam de suas raízes espirituais.
Duas distinções importantes devem ser feitas para diferenciar nossa experiência das emoções “agressivas” de suas contrapartidas Divinas (espirituais). A primeira é que nossas emoções são um emaranhado de forças saudáveis e doentias, muitas vezes impulsionadas pelos nossos próprios temores humanos, inseguranças e mesquinharias. (Em nosso mundo “não há bem sem o mal e nem mal sem o bem”). Até quando uma emoção agressiva é basicamente saudável, seus efeitos secundários podem com frequência aumentar até formas inadequadas de violência. Na dimensão Divina, por outro lado, todas as reações são formas saudáveis de expressão o tempo todo.

Em segundo lugar, no mundo do Divino toda “reação” é na verdade um reflexo de “causa e efeito”. De fato, nossos Sábios explicam que recompensa e castigo são na verdade causa e efeito. Você consideraria uma mão carbonizada sendo castigada pelo fogo? Quando alguém coloca a mão no fogo, o efeito natural é uma queimadura. Todas as reações aparentemente “sangrentas” na Torá são na essência o efeito coletivo “natural” de um mundo distorcido; um desalinhamento entre a existência e seu verdadeiro propósito.

A declaração da Torá “Deus estava furioso” significa que quando os seres humanos através do comportamento se distanciam de sua Divina imagem e chamado, eles têm o poder de causar o efeito de Deus de se distanciar de nós.
Ódio ao mal não deve ser confundido com o ódio que sentimos. O desprezo Divino ao mal é como as células brancas do sangue reconhecendo uma infecção como o inimigo, e atacando incessantemente para proteger a saúde do corpo.

O exílio egípcio – que foi previsto por Abraão 400 anos antes – foi parte do misterioso ciclo de vida e morte, alegria e sofrimento, que reflete a realidade da descida da alma a este mundo difícil.
Em nossa lida diária não vemos as verdadeiras causas e efeitos de nosso comportamento. Podemos magoar uns aos outros e jamais sentir a destruição que trazemos à nossa vida e ao mundo. A Torá – como um presente para nós – nos revela os mecanismos internos da vida, e todos os efeitos do comportamento humano.
Talvez jamais venhamos a entender por que crianças inocentes foram massacradas no Egito e no decorrer da história. Temos o direito, não a obrigação, de desafiar Deus por toda experiência sofrida que passamos. Mas ao mesmo tempo, devemos lembrar que se não houvesse vida não haveria morte. Se não houvesse júbilo não haveria sofrimento. Ficamos profundamente perturbados (em nossa mente) por qualquer morte sem sentido; e isso é correto. Porém nossa perturbação deveria servir como um lembrete de que nossa vida consciente – e o universo como um todo – se sente desconectada da nossa fonte e temos o poder de reparar o vazio.
As consequências dessa desconexão não são o problema, mas parte da solução. Quando sentimos dor reclamamos sobre o desconforto, mas a dor é um lembrete e um reflexo de que algo precisa de reparo. Mesmo que preferíssemos não sofrer as consequências, uma vida honesta sentiria os efeitos para que pudessem servir para trazer a cura.
Por mais doloroso que tenha sido o exílio egípcio, ele forjou uma nação eterna, imbuída para sempre com a compulsão natural para a liberdade. Pode-se dizer que o exílio e a redenção do Egito deram origem à liberdade – uma liberdade que começaria uma marcha contínua que levou às liberdades e direitos que hoje aceitamos como certos.
A retribuição Divina aos egípcios também é uma história de causa e efeito. Aqui não é o local para elaborar, mas as Dez Pragas são na verdade um fascinante projeto dos dez efeitos psicológicos de crimes contra a humanidade. Os egípcios foram os primeiros a escravizar uma nação inteira baseados puramente em sua raça. Este não foi um pecado pequeno. Teve profundas consequências que ecoaram na história.
Na verdade, a história do Êxodo começa com Deus aparecendo a Moisés numa sarça ardente. Por que não aparecer numa linda árvore frutífera? Porque Deus queria demonstrar a Moisés que Eu estou com você não apenas na alegria, mas também no sofrimento; não somente na beleza, mas também no espinho.”

Portanto, apesar dos mistérios de Deus, tudo tem uma causa (que muitas vezes não entendemos), mas que nos levará a cumprir Seus projetos mesmo que eles pareçam estranhos. Então não pense ou diga que Deus é mal, pois Ele é justo, e para ser justo, muitas vezes Ele tem que fazer coisas desagradáveis para que a Justiça seja feita e não haja caos, desordem e até mesmo dor.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Você é um projeto de Deus

- Desisto – disse Alan ao pai. – Não tenho paciência para continuar tentando.
Com a experiência adquirida ao longo dos anos, o pai colocou-se calmamente ao lado do filho, que transpirava excessivamente.
-Qual é o problema, Alan? – disse o pai, olhando para as pequenas peças do ventilador.
- Está faltando peças neste ventilador, meu pai.
- Tem certeza?
- Absoluta.
Percebendo que o filho se precipitara, aproveitou a oportunidade para ensinar-lhe uma grande lição, oferecendo-se para auxiliar o garoto na montagem do aparelho.
Alan, um adolescente de 14 anos, gostava de trabalhos manuais, porém mostrava-se hiperativo e ansioso. Assim, rapidamente antecipou-se ao pai, apanhou as ferramentas e as peças do ventilador, e mais uma vez ignorou o manual de instrução. O pai continuava observando as tentativas do menino e os seus repetidos fracassos. Minutos depois, Alan chegou à conclusão de que, além de ter perdido tempo, desprezara o auxílio de seu pai. Envergonhado, disse:
- Pai, desculpe-me. Preciso de sua ajuda.
- Muito bem, Alan. O que você acha que está faltando para montar o aparelho corretamente?
- Bem, deixe-me ver ... O manual de instrução?
O pai fez sinal de positivo, e eles começaram a leitura do manual, identificando as peças e aprendendo ajustar uma à outra. Não demorou muito para que o aparelho estivesse montado e instalado no teto refrescando o quarto de Alan.
- Com o manual, tudo ficou mais fácil, papai. Seria muito bom se a gente tivesse também um manual de funcionamento – disse Alan, empolgado com a comodidade propiciada pelo aparelho.
- Tem razão, mas, e se eu lhe dissesse que cada um de nós tem um manual?
- Sério? – surpreendeu-se Alan.
O pai retirou-se por um instante, voltou com uma Bíblia e continuou:
- Cada ser humano é um projeto de Deus. Nosso correto desenvolvimento e modo de viver só acontecem quando vivemos orientados por este Manual.
Depois de dizer isso, o pai saiu e, após algum tempo, voltou ao quarto do filho e o encontrou lendo a Bíblia. Para não atrapalhar, fez um sinal e retirou-se, mas antes que saísse, Alan gritou:
- Pai, estou lendo este Manual para não cometer em minha vida os mesmos erros da montagem do ventilador.
Prezado (a) leitor (a), você é um projeto do Senhor. Sabe por que se sente insatisfeito (a) e não aceita as mudanças que estão ocorrendo em sua vida? Porque não está sendo orientado pelo Manual de instrução – a Bíblia Sagrada! Se não fizer isso, nunca estará “pronto”!
Sua vida jamais será a mesma se deixar que o Criador o (a) oriente no desenvolvimento desse projeto. Este é o melhor tempo para isso. Aceite a Cristo hoje, pois Ele está de braços abertos para recebê-lo (a), dizendo:

“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (João 6.35).

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Amor, só de mãe

Pode uma mulher esquecer-se do filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti (Isaías 49.15).
É comum ouvir pessoas dizendo: “amor, só de mãe”. Embora isso seja uma grande verdade, vivemos dias em que mães abandonam recém-nascidos. Além disso, pais e filhos não se entendem; há um conflito de gerações. E, como a sociedade é formada por famílias, a cada dia aumenta a violência, a imoralidade e outros males.
Muitas dessas famílias possuem em casa um exemplar da Bíblia. Apesar disso, os pais jamais tiveram tempo para lê-la com os seus filhos. Talvez seja esse o seu caso, prezado (a) amigo (a). E, por isso mesmo, ainda não tenha descoberto nesse glorioso Livro – inspirado por Deus – que existe um amor maior que o de mãe!

O amor divino transcende o amor de pai e mãe. Ainda que você se sinta abandonado (a) por todos os seus entes queridos, se confiar no Pai celestial, poderá dizer: “... quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá” (Salmos 27.10).


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Lembre

O texto de hoje descreve uma situação de calamidade. O povo de Judá tinha abandonado seu Deus e por isso foi levado ao exílio na Babilônia. Os judeus sofreram muito durante o cerco a Jerusalém e ao ver sua amada capital destruída. Quando tiveram de deixar sua pátria desolada, sentiram-se abandonados pelo Senhor. O escritor de Lamentações se lembra de todas as circunstâncias desfavoráveis que o cercam, de sua tristeza e dor. Ele sabia que aquele castigo terrível e a humilhação que seu povo sofria tinham sido causados pela desobediência  - Deus não estava sendo injusto. Mesmo assim, o sofrimento o dominava. Até que ele para de pensar apenas nas circunstâncias e se lembra de algo que lhe dá esperança: o amor do Senhor é o que nos mantém, sua misericórdia se renova constantemente e sua fidelidade é grande! Sua atitude nos ensina a também reagirmos positivamente diante do sofrimento. Todos enfrentamos dificuldades – elas se multiplicam e não nos dão descanso! Porém, o texto de hoje nos leva a pensar: quando estamos cercados de problemas e tudo parece perdido, de quem lembramos? Do nosso Deus? Ou nos concentramos apenas no problema e esquecemos tudo o que o Senhor já fez por nós? Quando sofremos, precisamos lembrar-nos do Senhor. Ele nos ama incondicionalmente e sua fidelidade não tem limites – então podemos confiar em que ele nunca vai nos desamparar. Além disso, podemos confiar em que ele nunca vai nos desamparar. Além disso, podemos contar com sua misericórdia, que também não tem prazo de validade. Quando lembramos de tudo e buscamos a Deus, ele nos ajuda a vencer nossas dificuldades – ou ao menos nos dá paciência para suportá-las. Portanto, não esqueça que Deus está sempre perto. Lembre-se dele em todas as situações e peça sua ajuda quando as circunstâncias levarem você a pensar que não há mais esperança.
Não é Deus que nos desampara nos momentos difíceis, nós é que nos esquecemos de sua presença.

Leitura Bíblica:

Lamentações 3.1-23

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Cavalo de Troia



Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, Anda ao redor como leão, rugindo procurando a quem possa devorar (1 Pedro 5.8).
Conta-se que num ataque dos gregos à cidade de Troia, eles largaram um enorme cavalo de madeira ali e foram embora. Os troianos, curiosos, foram buscá-lo. O cavalo era oco e estava cheio de soldados. Era o tal “presente de grego”. O diabo, nosso inimigo, às vezes também nos deixa “presentes” para seduzir-nos e, ao menor descuido, invade nossa mente para nos destruir. Pois é, você até pode não acreditar na existência dele, mas isso não invalida a advertência da Bíblia no versículo em destaque.
Esses presentes costumam ser atraentes, mas como “cavalos de Troia” aparentemente inofensivos, afastam-nos de Deus e da vida eterna ao destruir nossa fé, nossa moral e nossos relacionamentos.
Para não deixar os presentes de grego do nosso inimigo nos invadir e destruir, precisamos rechear nossa mente com tudo que for verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e de boa fama (Filipenses 4.8).
Dizem que a mente vazia é oficina do diabo. Mas, se este encontrar nossa mente repleta das virtudes cristãs ensinadas na Palavra de Deus, baterá em outra porta com seus “presentes” e fugirá de nós. A Bíblia nos ensina a examinar tudo e a reter o que é bom (1 Tessalonicenses 5.21). Temos tido essa preocupação? Que tipo de “presentes” nos têm sido oferecidos? Os troianos não desconfiaram da “boa vontade” dos gregos e levaram a destruição para dentro da sua cidade.
A curiosidade pode ser uma arma para fazer-nos abrir a porta da nossa alma e receber os mortíferos “cavalos de Troia”. Desconfie dos presentes que o mundo lhe oferece, pois seu preço pode ser muito alto. O presente de Deus é diferente: é a reconciliação com Ele por meio da fé em Jesus Cristo, e esta é realmente gratuita e confiável: “Vocês são salvos de graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês; é dom de Deus” (Efésios 2.8).
Era bom demais para ser verdade...?

Leitura Bíblica:

Provérbios 9.13-18

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A Figueira

[Jesus disse:] Vocês não podem dar fruto se não permanecerem em mim (João 15.4c).

Uma pergunta que muitos fazem ao ler o texto de hoje é: por que Jesus amaldiçoou a figueira, se está dito que nem tempo de figos era? Devemos atentar para uma característica peculiar desta árvore: junto com a folhagem nascem nódulos comestíveis que são uma espécie de precursores do figo verdadeiro. A presença destes nódulos demonstrava que a produção seria abundante. Quando Jesus viu aquela figueira, procurou estes “figos verdes” e não encontrou, ou seja, não haveria frutificação naquele ano. Esta figueira, que aparentemente prometia muito, não tinha nada a oferecer além de sua falsa aparência. Nem mesmo uma promessa de frutos ela tinha!
De forma simbólica, essa figueira pode ser comparada ao povo de Israel. As pessoas daquela época aparentavam ser muito religiosas, tinham uma “folhagem brilhante”, mas suas vidas não apresentavam furtos correspondentes. Seriam julgadas por Deus por causa de sua vida religiosa estéril. É interessante notar que, na mesma época em que foi amaldiçoada, também foi anunciada a destruição de Jerusalém.
O texto de hoje serve como uma advertência a todos aqueles que parecem ser muito mais do que são. Não podemos nos esconder atrás de uma folhagem empolgante e bonita. Devemos apresentar frutos reais ao Senhor, em vez de cultivarmos uma aparência de santidade. Tais frutos demonstrarão nosso arrependimento e que estamos unidos a Cristo (veja o versículo em destaque). Como a figueira, todo aquele que tem uma vida de hipocrisia corre perigo der sofrer o julgamento divino. Referindo-se aos falsos profetas, Jesus disse que “toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo” (Mateus 7.19). Já uma produção abundante de frutos glorifica a Deus e demonstra que a pessoa segue a Cristo (João 15.8). E a sua vida, está estéril ou produzindo? Somente com Cristo podemos dar frutos!
Deus não se impressiona com aparências, Ele quer ver bons frutos em nossa vida.

Leitura Bíblica:
Marcos 11.12-14



sábado, 16 de abril de 2016

Caquinhos

A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel, que significa “Deus conosco” (Mateus 1.23).
Uma das nossas lutas mais comuns é controlar o desânimo diante de situações que, independente do nosso querer, nos entristecem e às vezes até mesmo nos arrasam. Como um vaso de porcelana derrubado no chão, podemos sentir nossa vida quebrando em muitos caquinhos. Juntar esses pedaços, colar o vaso e seguir em frente sem que a amargura domine está além de nossas forças. Onde buscar ânimo para levantar a cabeça e seguir me frente? Sozinhos, não conseguimos nada. Você já se sentiu assim? Um nada no meio de tudo? Situações difíceis que precisamos viver (perdas inesperadas, decepções, desemprego, velhice) deixam uma sensação de vazio e impotência, em que nos faltam às forças para levantar. Nestas horas, até o respirar fundo parece impossível, de tanto que o peito está apertado.
Mas não precisamos ficar abatidos para sempre. Deus mandou seu filho para nos ajudar. Seu nome é Emanuel, a prova viva de que Deus está conosco (versículo em destaque). A presença dele revigora as nossas forças, nos ajuda a juntar os cacos da nossa vida e a ficar em pé novamente. Como um vaso quebrado, que mesmo depois de colado ainda exibe cicatrizes, nós também somos marcados pelas situações. Talvez seja possível ver onde havia uma rachadura, mas o vaso em si foi restaurado e pode ser novamente usado para sua finalidade principal.
Deus nos criou e conhece cada detalhe em nós – físico, mental, emocional (ver Salmos 139.13-16). Como é bom saber que Deus nos ama e continua atento a nós, pronto a reparar nossas vidas. Só Ele saberá montar novamente o vaso quebrado, encaixando cada peça no lugar certo, de forma que se obtenha êxito no reparo. Restaurados dessa forma, poderemos fazer o coro com Isaías: “Eu te louvarei, Senhor... pois [tens] feito coisas gloriosas, sejam elas conhecidas em todo mundo” (versículo um e cinco).
Nada conserta melhor uma vida quebrada do que o amor de Deus.

Leitura Bíblica:
Isaías 12.1-6


domingo, 10 de abril de 2016

Felicidade

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a busca da felicidade é um direito humano fundamental. Mas o que é a felicidade? Na antiguidade grega, a filosofia hedonista ensinava a busca da felicidade por meio do prazer. O prazer era a norma suprema da ética. Para eles, ser feliz seria desfrutar prazer pelo máximo de tempo possível e por tantas vezes quantas fosse possível.
O texto da leitura de hoje apresenta a felicidade como resultado do perdão que Deus concede. Feliz é aquele que vive a partir da liberdade que Cristo provê. Por outro lado, o pecado (a quebra do nosso relacionamento com Deus) aprisiona o ser humano. Por causa do pecado, a pessoa passa a viver orientada para as próprias vontades e desejos, marcados por excluírem a presença de Deus. Por causa dessa separação, definida também como inimizade (Efésios 2.14), toda busca humana da felicidade se resume a uma procura egoísta do prazer. Assim, a satisfação da vida da pessoa é buscada longe de Deus, mesmo quando se traduz em praticar o bem, como doar recursos para obras sociais. Pode consistir em construir algo para si, constituir família, apreciar uma boa refeição, cultivar amizades. São essas ações que o texto chama de obras. Elas não são ruins, nem erradas em si mesmas. Porém não trarão a felicidade. Isto porque a felicidade está ligada à paz com Deus (Mateus 5.9), que só é possível por meio da justiça que Deus mesmo concede a nós (versículos 5,7).
Pela fé recebemos a justiça de Deus que nos é dada de graça, não por causa de algo bom que fizemos, nem por nossos esforços ou desejos. Encontramos a felicidade na fé em Jesus Cristo, ao sermos por Deus perdoados e aceitos como seus filhos. Somos felizes porque não há mais barreiras entre nós e Deus. A felicidade não é uma conquista nossa. Foi conquistada por Cristo na cruz e concedida a nós de graça por meio da fé.
A felicidade é gratuita e sua fonte está na fé em Cristo.

Leitura Bíblica:

Romanos 4.1-12

terça-feira, 5 de abril de 2016

Recomeçar



Ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se (Provérbios 24.16a).

O fracasso faz parte da vida do ser humano, e o ideal é que desde cedo aprendamos a lidar com ele. Claramente, a sensação de fracasso não é agradável  e traz consigo um enorme peso de frustração e tristeza. Mas ele é necessário, pois nos proporciona lições de humildade, de prudência e persistência.
Para aprender a caminhar, a criança muitas vezes precisa cair. Se sempre a pouparmos da queda, atrasaremos seu processo de aprendizado. O mais importante não é sempre impedi-la de cair, e sim ensiná-las que deve levantar-se e continuar, até que conseguia firmar seus passos e, oportunamente, até correr.
Não podemos ganhar sempre: às vezes é necessário perder para que outros também ganhem. E não é exagero dizer que, na maioria das vezes, nós mesmos ganhamos com as perdas. O vitorioso não é o que sempre ganha, mas o que se levanta após a queda e tem coragem de dizer a si mesmo: é preciso recomeçar.
 Se a vida nos proporcionasse apenas ganhos, com certeza seríamos imaturos como crianças mimadas que sempre conseguem o que querem, não se importando com os meios utilizados para isso. A transição entre a queda e o recomeço pode até ser mais humilhante que a própria queda. Ter de olhar aqueles que nos apontam como perdedor não é fácil, necessite talvez pedir para alguém nos dar sua mão e nos levantar, observar as feridas e os rasgos de nossas roupas que nos envergonham. Mas Deus sempre aponta uma saída. Permite-nos sofrer, mas não que permaneçamos no sofrimento; perder, mas ter recompensa depois.
Portanto, aprender a lidar com o fracasso é tão importante quanto necessário, pois ele é apenas parte do processo de vitória.
Jesus nos ensinou a perder para ganhar, a morrer para nascer, a entregar para receber. Então não desanime. Se fracassou, examine-se, busque o propósito de Deus para sua vida - é assim que tudo fará sentido, mude de estratégia, levante-se e continue!

Nossos dilemas são oportunidades para Deus agir em nós e conosco.

Leitura Bíblica:

2 Samuel 16.5-13 e 19.18b-20