segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os três conselhos



Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa: - Querida eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você. Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda. Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, le propôs um pacto ao patrão: - Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor. Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o Senhor me dispensa das minhas obrigações. Não quero receber o meu salário. Quero que o Senhor o coloque na poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho. Tudo combinado, aquele jovem trabalhou muito, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse: - Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa. O patrão então lhe disse: - Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta. Curioso ele pregunta qual a proposta e seu patrão lhe diz: - Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos não lhe dou o dinheiro. Vai pro seu quarto, pensa e depois me dá a resposta. O rapaz pensou durante dois dias depois procurou o patrão e lhe disse: - Eu quero os três conselhos. - Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro. - Eu quero os conselhos. O patrão então lhe falou: 1º "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida"; 2º " Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal"; 3º " Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais"; Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim: - Aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa. O rapaz seguiu o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou: - Pra onde você vai? - Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada. - Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes menor e você vai chegar em poucos dias. O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho do seu patrão: "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida". Então voltou e seguiu o seu caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor e muito barulho. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para sair. Quando lembrou do segundo conselho: " Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal". Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que sim - Então por que não ver o que era, não ficou curioso? Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou: - Você é o único que sai vivo daqui, um louco gritou durante a noite e quando os hóspede saia ele o matava. O rapaz seguiu seu caminho e depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa. O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha sentado no colo de um homem a quem estava acariciando os cabelos. Ao ver aquela cena o seu coração se encheu de ódio e amargura e ele decidiu matar os dois sem piedade. Apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho: "Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais". Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse: - Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Ao abrir a porta esposa reconhece o seu marido e se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue, tamanha a felicidade dela. Então com lágrimas ele lhe diz: - Eu fui fiel a você e você me traiu. - Como? __ e ainda espantada diz_ Eu não lhe traí, o esperei durante esses vinte anos. - E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer? - Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade. Então ele conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história enquanto a esposa preparava o café e sentaram-se para tomar o café e comer o último pão. Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro...!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Esperança


Um cavalheiro elegante de terno escuro sai do aeroporto John Kennedy, em Nova York, com apenas a bagagem de mão. Abandona o local, apressado, deixando para trás sua mala de viagem. Na porta, pega um táxi em direção ao Queens. Desce nesse bairro de maioria latina e pega outro táxi que o conduz ao seu verdadeiro destino: Newark, estado de New Jersey.
Pedro Paulo, jovem empresário do ramo da informática, está agitado. Sente o coração sair pela boca. Sua empresa está falida, mas nada justifica o que vem fazendo ultimamente. Essa é a terceira viagem transportando narcóticos. Nas duas primeiras deu tudo certo. Desta vez, repentinamente, o pânico se apodera dele. Pressente que será descoberto, tira a etiqueta de identificação e abandona a mala.
Duas horas depois, do outro lado da ponte, em Newark, dirige-se à casa de Jair, que ignora as atividades ilícitas do amigo de infância. Cresceram juntos, jogaram bola, pescaram e paqueraram bastante, até que a vida os levou por caminhos diferentes.
Anos depois, eles se reencontraram acidentalmente na porta do Hotel Pennsylvania, em frente ao Madison Square Garden, em Nova York. Jair tinha mudado bastante. Parecia mais sério. Casado com Laura era pai de dois preciosos filhos. Tornara-se um cristão fervoroso. Pedro Paulo continuava solteiro, aproxima-se dos 40 e vivia “a vida louca”, como ele mesmo gostava se definir.
Naquele dia quente do mês de julho, em Newark, ao abrir a porta Jair percebeu que algo estranho tinha acontecido com o amigo de infância e, depois de abraça-lo, perguntou:
- O que foi? Você está branco como uma cera.
- Foi nada não. É só o cansaço da viagem.
- Cansaço nada. Acho que você está doente, fique à vontade, você vai ficar no mesmo quarto que ficou da outra vez.
Pedro Paulo entrou. Sentiu-se sujo e desleal com o amigo que bondosamente lhe abrira as portas. O que fazer? Sair correndo e nunca mais regressar? Ou abrir o coração e confessar que estava colocando em risco a segurança da família que o hospedava? Jair não merecia o que ele estava fazendo. Esse sentimento o perturbou profundamente.
Minutos depois, embaixo do chuveiro, sentindo a água escorrer pelo corpo, ele chorou. Como desejava que aquela água fresca limpasse também sua alma das incoerências de sua existência. Ninguém podia chamar de vida a sucessão interminável de noites e dias ocos em que tinha se transformado seu cotidiano. O pavor e o desespero tomavam conta dele ao pensar na ideia de a policia descobrir quem era o dono daquela mala abandonada no aeroporto.
Por algum motivo, que não conseguiu identificar naquele instante, lembrou-se de Marta, a jovem que ele abandonara ao saber que estava grávida. Ele tem um filho ou uma filha que nunca quis ver. Onde andaria Marta? Como estaria a pessoa que ele, um pai ausente e fraco, jamais conhecera por não ter coragem de assumir?
A empresa de informática que abrira havia cinco anos marchou a todo vapor no início, mas aos poucos, entrou em colapso. Ele era o único culpado. Vivia extravagantemente. Gastava mais do que ganhava. Assim comprometeu o capital da empresa.
Ao ver o barco afundar, fez de tudo para salvar o patrimônio, mas não conseguiu. Achou que em pouco tempo conseguiria o dinheiro para sair da situação desastrosa, podendo colocar fim à sua carreira como marginal.
Repentinamente, naquele dia no aeroporto, sentiu que esse caminho não era seu, experimentou medo, descobriu-se fraco e fugiu como um garoto assustado.
Ao chegar à noite, sentado à mesa da família para o jantar, Pedro Paulo se mostrou silencioso e introvertido. Não era o mesmo de outras ocasiões.
- O que foi Pedro? Você está doente? – pergunta Laura.
- Por quê? – Jair me perguntou a mesma coisa quando cheguei.
- Não, não é nada – responde o visitante, emocionado ao ver a cena familiar. Respira-se felicidade naquele ambiente. No entanto, um turbilhão de pensamentos assustadores o incomodava naquele dia. Como enfrentar a dívida? A mala abandonada significava muito dinheiro. Ele teve que fugir. Algo lhe dizia que estava sendo vigiado. Ou aquele sentimento fora apenas fruto de sua imaginação? E se o identificassem? E se os guardas batessem à porta do amigo? Arruinar aquela linda família? Comprometê-la com a Justiça? O coração era um redemoinho de sentimentos que não conseguia segurar. Pediu licença no meio do jantar, e se retirou.
No silêncio do quarto, chorou. O que acontecia com ele? Esse não era o Pedro Paulo que ele mesmo conhecia. Por que tanto escrúpulo, temor e remorso?
Uma hora mais tarde, Jair bate à porta.
- Posso falar com você?
- Entra.
- O que foi cara? Você está com algum problema? Quer falar?
- Não é nada não. Acho que me emocionei vendo sua família linda e feliz. Poxa, vocês são diferentes.
- Somos cristãos. Jesus é hóspede permanente neste lar.
- Sabe que invejo você? Queria tanto ser feliz, ter essa paz que sinto cada vez que chego aqui, mas a minha vida está de cabeça para baixo.
- Quer saber? Nós nem sempre fomos assim. Três anos atrás, estávamos a ponto de nos divorciar. Estivemos afastados um do outro por dois meses. Eu achava que minha vida tinha chegado ao fim. Amo minha esposa, mas, ainda assim, tinha provocado a separação.
- Você?
- Sim, fui infiel.
- Não brinca! Você é o cara mais direito que conheço.
- Você pode achar, mas não sou não. Ninguém é bom.
- Como assim?
-É o que a Bíblia afirma.
Jair pegou uma Bíblia que estava no criado-mudo e leu: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Depois, olhando nos olhos do amigo, disse:
- Todos. Você entende? Todos, sem exceção. Você, eu, todos somos pecadores.
- Você não está exagerando? Existe muita gente boa neste mundo!
- Do ponto de vista humano, talvez, mas a Bíblia diz que “não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus, todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer?” (Romanos 3.10-12).
- Nem um só?
- Nem mesmo um! E não adianta o que o ser humano faça para se livrar do pecado. A mancha da rebeldia e do pecado está sempre nele. “Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniquidade perante Mim, diz o Senhor Deus” (Jeremias 2.22).
- Então, estamos perdidos?
- Estamos! Isso significa que estamos destituídos da glória de Deus. E, longe Dele, peregrinamos no território da morte. Por isso, Paulo diz: “Por que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).
- Não entendo Jair. Se todos somos pecadores, e o salário do pecado é a morte, como estamos vivos?
- Depende do que você entende por vida. Do ponto de vista biológico, a vida é um período de tempo no qual o coração bate e o pulmão respira. Mas nós somos mais do que apenas um corpo; somos seres humanos com emoções, sonhos e projetos. Para desfrutar da verdadeira vida, precisamos mais do que simplesmente andar, comer ou dormir.
- Eu também acho assim – disse Pedro Paulo, reflexivo.
Ambos permaneceram em silêncio. Pedro olhou para a Bíblia aberta. Jair sabia que o amigo estava assimilando a conversa e continuou:
- Mas nem tudo está perdido. Veja o que está escrito aqui: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
- Jesus é a vida?
- Exatamente! Só Jesus pode dar sentido à existência. Por isso, Ele declarou: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).
- Vida abundante é vida com sentido.
- Isso mesmo. E o apóstolo João afirma: “E o testemunho é este que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.11-12).
Pedro Paulo continuou pensando e Jair prosseguiu:
- Longe de Jesus a vida torna-se simples sobrevivência. Levantar-se de manhã, trabalhar e dormir não é vida; é apenas existência.
As palavras de Jair agitaram o coração de Pedro Paulo, que perguntou:
- E como se pode obter esse tipo de vida?
- Vou ler para você o que Jesus disse: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
- Eu já ouvi isso.
- Muita gente ouve Pedro. Porém, pouca gente pensa no verdadeiro significado dessa declaração. Há algumas palavras-chave nesse verso.
- Quais?
- A primeira é que Deus ama você. Não pelo que você faz ou deixa de fazer. O amor de Deus não é por merecimento. Deus o ama porque Ele é amor (1 João 4.8). Essa é a Sua natureza. Não importa quem você é, nem o que você faz. A despeito de você crer ou não, você é o ser mais precioso para Deus neste mundo.
Pedro Paulo não conseguiu segurar a emoção. Os olhos brilhavam exageradamente. Se Jair soubesse o que ele tinha feito, com certeza jamais diria o que estava dizendo.
- Quer dizer que não preciso me preocupar com minha conduta?
- Precisa sim.
- Mas você acabou de dizer...
- O amor de Deus é incondicional e para todos, mas só tem valor para os que aceitam. Por isso, o verso que acabamos de ler diz: “Para que todo o que Nele crê”.
- Como faço para crer?
- Primeiro, aceite o fato dramático de que você está no território da morte, longe de Deus, perdido, e não tem condições de sair dessa situação. Jeremias pergunta: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, podereis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jeremias 13.23).
- Esse sou eu! - respondeu Pedro Paulo.
- Esse somos todos nós, Pedro. Olhe: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, Eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações” (Jeremias 17.9-10).
- Deus sabe tudo – refletiu Pedro Paulo.
- Com certeza. O ser humano pecaminoso gosta de fingir, aparentar e “mostrar” que é bonzinho. Mas, no fundo, sabe que seu coração é falso. Isso está na natureza desde que Adão e Eva pecaram. A partir daquele trágico dia todos nascemos com a natureza pecaminosa e somos incapazes de fazer o bem. Isso é o que declara Davi: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51.5). O apóstolo Paulo complementa a ideia dizendo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5.12).
- Estamos todos condenados?
- Sim e não.
- Não entendo.
- Estaríamos todos condenados do jeito que nascemos. No entanto, se você aceitar o fato de que é incapaz de remediar sua situação e for a Jesus do jeito que está, ouvirá a voz Dele dizendo: “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isaías 1.18).
- Ir a Jesus levando meus pecados?
- É o único jeito de ir a Ele. Muitos esperam mudar de vida para ir a Jesus. Esperam corrigir seu comportamento e deixar de fazer isso ou aquilo. Eles jamais irão a Jesus. Sozinhos, jamais conseguirão mudar sua natureza.
- É simples assim?
- É e você não paga nada por isso. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).
- Mas um bom cristão não é aquele que faz tudo direito? Não precisa ter boas obras?
- Um pé de maça não é de maça porque produz maças. É o contrário. Ele produz maças porque é um pé de maça.
- O que isso significa?
- Jesus diz isso. Leia aqui: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons“ (Mateus 7.18-18).
- Frutos?
- Sim, para produzir bons frutos, a árvore precisa ser uma árvore boa. Os frutos são o resultado. A mesma coisa acontece com o cristão. Antes de se preocupar em produzir boas obras, é preciso ser cristão.
- E um bom cristão é aquele que vai a Jesus do jeito que está não é?
- Isso mesmo! E permanece com Ele. Você entendeu!
As horas passaram. Os amigos conversaram muito tempo. Jair tomou a iniciativa e fez uma pergunta:
- Podemos continuar amanhã? Acho que já é tarde, e você precisa descansar depois de uma longa viagem.
- Sabe que até o cansaço sumiu de tão interessante que esteve à conversa? Jamais tinha pensado nas coisas que você me falou.
- Só uma pergunta mais.
- Pois não?
- Você aceita Jesus como seu Salvador? Deseja ir a Ele tal como está?
- Eu ... quero dizer ... eu ...
Jair entendeu que aquele não era o momento oportuno. E completou:
- Descanse. Amanhã será outro dia. Posso fazer uma oração por você?
- Por favor.
Jair ora:
- Obrigado Pai querido porque um dia o evangelho chegou à minha vida trazendo salvação, perdão e paz. Jamais poderei Te agradecer o suficiente porque salvaste a mim e a minha família. Mas agora Te suplico por Pedro Paulo. Ele precisa de Ti, Senhor. Entra em seu coração e coloca ordem em sua vida, tira a tristeza, a angústia e dá sentido à sua existência.
No fim da oração, Pedro Paulo não conseguiu segurar as lágrimas. Jair o abraçou e se retirou discretamente. Antes de sair, abriu a Bíblia, procurou um verso e sugeriu:
- Leia isto antes de dormir.
Sozinho, Pedro Paulo leu: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.28-29).
Gordas lágrimas rolaram pelo rosto prematuramente marcado pela vida. Ele balançou a cabeça com força, não sabendo o que pensar. O coração clamava por paz. Até ali tinha vivido uma corrida alucinante em busca de algo que ele mesmo não conseguia definir. Agora ouviu a voz mansa de Jesus dizendo: “Venha a Mim”.
Que dia! Quantas emoções diferentes vividas em um curto período de tempo. Pânico, desespero, medo, angústia, saudade. E, no fim do dia, esperança. Uma fresta de luz em seu mundo de sombras e a perspectiva de um amanhã glorioso surgiu agora.
Naquela noite, Pedro Paulo quase não dormiu. Rolou na cama como em tantas outras noites. Mas naquela noite foi diferente. Lembrava-se de cada palavra de Jair. Levantou-se, então, acendeu a luz e abriu a Bíblia algumas vezes. Mal sabia que o coração era um campo de batalha. Porém, estava consciente de que precisava tomar uma decisão urgente. Não podia mais adiar. Sua vida não podia continuar do jeito que estava. No entanto só conseguiu pronunciar quatro palavras:
- Perdão, meu Deus, perdão!
A luz do novo dia entra com força pela janela e o acorda. Era um novo dia. Seria também uma nova jornada. O coração cantou. Abriu a janela do quarto na direção do jardim e respirou fundo. Sabia que estava iniciando uma caminhada para toda a vida. Por algum motivo, sentiu que devia procurar o filho ou filha que não conhecia. Ele entendeu que não se pode construir um prédio novo sem estabelecer fundamentos sólidos. Mentiras são folhas soltas que o vento arrasta sem destino. Não existe cura em cima de uma ferida infeccionada. É preciso limpar a ferida, mesmo que signifique dor.
Teria forças para chegar ao fim da jornada? Esse não era o problema, pois “Aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até o Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).
Agora o coração estava cheio de vida. Ele estava decidido a buscar a única esperança real que existe.












quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Sucesso






Para uns, sucesso é ter muito dinheiro, para poder satisfazer todos os caprichos; para outros, é a conquista de honras e poder, ser famoso. Não sei o que significa sucesso para você, mas o texto nos mostra um sucesso que não depende de ter coisas; antes, é definido pela forma como você vive e pela pessoa que você de fato é. Muitos conquistam coisas na vida obtêm bens, fama, prazer, mas nada faz sentido se Deus não participar disso. Não raro, as pessoas têm muitos bens materiais, mas sua família está destruída, elas não conseguem sentir paz no coração e nada do que possuem satisfaz o vazio de suas almas. Prova disso é que muitos daqueles que julgamos possuir tudo acabam desperdiçando suas vidas, e alguns até chegam a tirá-la, porque apesar de tudo que têm, falta-lhes algo que só Deus pode proporcionar. Vale a pena ter um sucesso como esse, que não consegue dar sentido ou valor para a vida, mas leva a pessoa para o fundo do poço? O verdadeiro sucesso só é obtido em Deus, porque ele é quem dá um propósito para a nossa vida e revela nosso valor. Ele restaura os relacionamentos, dá paz aos aflitos e perspectiva de uma nova vida. Antes de transformar as circunstâncias à nossa volta, ele transforma o nosso coração e a maneira de vermos a situação. Na perspectiva de Deus, sucesso é quando estamos bem porque obedecemos à sua vontade, levamos uma vida de contentamento e encontramos no Senhor a razão da nossa existência. Isso não significa que teremos dinheiro para esbanjar, que não teremos problemas e nunca ficaremos doentes. Na verdade, significa que, quando a hora do aperto chegar, nós saberemos com quem podemos contar. È ter certeza de que essas circunstâncias não podem afetar nossa vida e nossa fé em Deus, pois temos um Deus que é mais forte do que tudo.
A receita bíblica de sucesso é: obediência a Deus, fé e trabalho dedicado.

Leitura Bíblica:

2 Crônicas 31.1-21

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Campeões



Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações... também lhe darei a estrela da manhã (Apocalipse 2.26-28b).

Assisti a uma cena na televisão há alguns anos que ainda hoje permanece em minha memória, e creio que não a esquecerei jamais. Tratava-se de uma grande competição – Olimpíadas, talvez – e a prova em questão era a maratona feminina.
Muito tempo depois de as últimas cruzarem a linha de chegada, surge na pista uma maratonista, cambaleante, com os braços pendentes, músculos sem tensão e joelhos cruzados. Ela não mais corria, sem forças: seguia trôpega. Às vezes pendia para um lado, às vezes para outro, mas não caía. Continuava caminhando com o firme propósito de cruzar a linha de chegada. Quando ela apareceu, uma equipe médica aproximou-se, na expectativa de apoiá-la caso caísse. Porém, ninguém ousou interromper sua caminhada.  Humanamente, parecia impossível percorrer os metros restantes até a linha de chegada, mas ela seguiu em frente com uma força impressionante, mesmo que não tivesse mais condições físicas. Por fim, cruzou a linha de chegada e, no mesmo instante, caiu inconsciente, sendo amparada pelos médicos.
Ela também merecia subir ao pódio – não por ter vencido seus adversários, mas por ter superado a si mesma. Creio que para Deus pessoas assim são verdadeiras campeãs. Ao contrário de nossa sociedade, que só rende glórias ao melhor, Deus aprova e recompensa aquele que não desiste no meio do caminho, mesmo que as circunstâncias sejam duras demais.
Um campeão nunca desiste da caminhada, pois o que tem diante de seus olhos é maior do que ele mesmo. Ainda que esteja cansado, enxerga com os olhos da fé. Por isso, não desista, mesmo que sua situação seja difícil. Não pare, siga em frente, pois em Jesus você é mais que vencedor (Rm 8.37): é um verdadeiro campeão.

Na vida cristã, vence quem olha apenas para o alvo – Jesus!

Leitura Bíblica:

Hebreus 12.1-3;12-13

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Amor, fartura e sucesso



Uma mulher saiu de sua casa e viu três homens com longas barbas brancas sentados em frente ao quintal dela. Ela não os reconheceu. Ela disse: Acho que não os conheço, mas devem estar com fome. Por favor entrem e comam algo. - O homem da casa está? Perguntaram. - Não ela disse, está fora. - Então não podemos entrar. Eles responderam. À noite quando o marido chegou, ela contou-lhe o que aconteceu. - Vá diga que estou em casa e convide-os a entrar. A mulher saiu e convidou-os a entrar. - Não podemos entrar juntos. Responderam. - Por que isto? Ela quis saber. Um dos velhos explicou-lhe: - Seu nome é Fartura. Ele disse apontando um dos seus amigos e mostrando o outro, falou: - Ele é o Sucesso e eu sou o Amor. E completou: - Agora vá e discuta com o seu marido qual de nós você quer em sua casa. A mulher entrou e falou ao marido o que foi dito. Ele ficou arrebatado e disse: - Que bom! Ele disse: - Neste caso. Vamos convidar Fartura. Deixe-os vir e encher nossa casa de Fartura. A esposa discordou: - Meu marido, por que não convidamos o Sucesso? A cunhada deles ouvia do outro canto da casa. Ela apresentou sua sugestão: - Não seria melhor convidar o Amor ? Nossa casa então estará cheia de amor. - Atentamos pelo conselho da nossa cunhada. Disse o marido para a esposa. - Vá lá fora e chame o amor para ser nosso convidado. A mulher saiu e perguntou aos três homens: - Qual de vocês é o amor? Por favor, entre e seja nosso convidado. O amor levantou-se e seguiu em direção á casa. Os outros dois levantaram-se e seguiram-no. Surpresa a senhora perguntou-lhes: - Apenas convidei o Amor, por que vocês entraram? Os velhos homens responderam juntos: - Se você convidasse o Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui fora, mas se você convidar o Amor, onde ele for iremos com ele. Onde há amor, há também Fartura e sucesso! Nosso desejo para vocês: Onde há dor, desejamos paz e perdão. Onde há dívidas próprias, desejamos confiança renovada em sua capacidade de lidar com elas. Onde há cansaço, ou exaustão, desejamos compreensão, paciência e força renovada. Onde há medo, desejamos amor e coragem.
Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. (Apocalipse 3.20)
Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito.


Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. (1 João 4.13)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Análise Salmo 92



Obs: leia o Salmo 92 antes de prosseguir com a leitura e tenha a Bíblia Sagrada em mãos para consulta. Fique a vontade para compartilhar com quem quiser.



Originalmente cantados, os salmos representam uma característica inerente ao ser humano: quando o homem se sente amargurado ou radiante de felicidade, ele canta. Os salmos mostram o homem sentindo a necessidade de agradecer, mas também de lamentar, de formular o seu grito em meio ao sofrimento. Os salmos narram as mesmas histórias contidas na sagrada escritura, mas de uma maneira mais poética, em outro gênero literário. Quando alguém faz algo para nos ajudar, agradecer significa ter consciência do que aconteceu e tirar uma lição disso. Se você não agradece, as chances de cair no mesmo erro são muito maiores. Saber agradecer é entender que uma nova realidade, com boas perspectivas, só foi possível por conta da interferência de alguém em seu favor.
E que verdade diz no versículo 1. Como é bom cantar louvores ao Eterno. Não importa o momento e a circunstância: louve, adore e bendiga o nome do Senhor. Cante mesmo que não possua uma bela voz, Deus ouvirá do mesmo jeito e com todo o amor. Ele quer ouvir a canção que vem do seu coração, do interior de sua alma. Quando cantamos podemos sentir a presença de Deus ao nosso redor. Sentimo-nos mais fortes, confiantes e até a solidão passa. Cantar é uma expressão da arte usada quando palavras precisam ser ditas com mais profundidade de emoção, espírito e alma. É quando precisamos dar vazão ao que está preso dentro de nós, só que de uma forma diferente e intensa que reflita tudo o que está dentro de nós. Está feliz? Cante, exale sua alegria a Deus. Deixe sua alegria ser levada com o vento como um perfume até os quatros cantos da Terra glorificando o grande Eu Sou pelo seu fôlego de vida (que sem ele você seria incapaz de louvá-lo). Esta triste? Louve e sentirá a presença do Autor da Vida ao seu redor e Sua voz dizendo: “Eu sou contigo”. Ao louvar acredite que a mão do Pai estará se movendo a seu favor e sua misericórdia descendo entre as nuvens do céu. Então eleve suas mãos ao Deus que dá e tira e seja grato pela Sua enorme e incessante misericórdia que desce sobre nossas vidas quando precisamos. Porém o momento de sua vida que será mais difícil de abrir sua boca e louvar ao Senhor será na dor. Pois este é o momento em que tudo aquilo que você acredita está sendo posto a prova e dúvidas começam a surgir dentro de nossos corações. Mas lembre-se: um (a) verdadeiro (a) adorador (a) também adora e louva na dor porque Deus é o mesmo na alegria e na dor; na vitória e na derrota; na honra e na vergonha; no presente e no futuro; Ele não mudou e nem mudará. E esse (a) adorador (a) que louva na dor recebe a aprovação de nosso Redentor. Já no versículo 2 tenho mais um lembrete a você: Todos os dias quando acordar e abrir os olhos, esteja você onde estiver, seja você quem for, Deus ama você! Não importa quem você é ou o que você fez, pois Ele não desiste de amar você. Por esse motivo o salmista diz que é bom anunciar o amor leal de Deus todas as manhãs: porque ele sabe que o amor Dele será o mesmo, sabe que o Criador o ama em todos os dias de sua vida, sabe que o Seu amor por ele será eterno. Já quando ele fala de noite anunciar a Sua fidelidade a noite me faz lembrar as batalhas diárias que passamos. A maioria das batalhas ocorrem durante o dia (o dia simboliza o horário de lutar e a noite de descansar e agradecer ao Salvador pela vitória) quando enxergamos e como o Senhor dos Exércitos é fiel, Ele nos garante a vitória. Por mais que seja difícil e dolorosa a peleja a vitória vem. O nosso Deus nunca perdeu uma batalha e nunca perderá. Por isso, entregue suas batalhas em Suas mãos e deixe-o trabalhar por você. Uma vez eu ouvi isso e é verdade: enquanto estivermos vivos e respirando ainda há esperança para crer que todas as promessas serão cumpridas em nossa vida. Pode demorar, mas enquanto tiver vida em nós ela ainda pode se cumprir. Por isso, não desista da guerra. Batalhe, descanse e segure nas mãos do Senhor porque a vitória virá. De onde ela virá? Do alto! Porque o nosso Deus tem o Seu trono no mais alto céu e é grande, poderoso, majestoso em glória e é um Rei. No verso 4 encontramos alegria nas palavras do salmista ao lembrar das bênçãos que Deus o concedeu. Ele deveria mesmo exultar porque bom e generoso é o nosso Deus e muitas outras bênçãos para alegra-lo e fazê-lo sorrir virão em sua vida e na nossa vida também. Todos os propósitos de Deus são profundos. Isso significa que eles estão em locais de “difícil acesso”, mas com o tempo serão revelados e descobertos. Os nossos planos falham, mas os de Deus não. Deus faz do intangível, tangível; do impalpável, palpável.  
Agora vamos analisar o versículo 10. Símbolo do Espirito Santo, o azeite era usado para ungir reis, profetas e sacerdotes. Foi usado também na unção do tabernáculo levantado no deserto e também para ungir todas as partes e instrumentos usados na adoração naqueles distantes tempos do Antigo Testamento.
Veja que o autor deste Salmo dá ênfase à unção com Óleo Novo, significando um novo suprimento da Graça do Senhor sobre o Seu ungido.
É interessante notar que o Rei Davi foi ungido três vezes, em três diferentes momentos de sua vida:
1. Ungido pelo profeta Samuel, no meio de sua família – 1 Samuel 16.13.
2. Ungido pelos anciãos de sua tribo, Judá, e recebido como rei – 2 Samuel 2.4.
3. Ungido pelos anciãos de todo o Israel, reconhecido como rei sobre as 12 tribos – 2 Samuel 5.3.
Vejo progresso em sua vida como rei escolhido pelo Senhor ainda quando no meio de sua família, fora chamado de detrás das ovelhas de seu pai para ser o Rei-Pastor de toda a nação de Israel. Essas pessoas como Davi tem visão espiritual, buscam sempre a força renovadora do Senhor para suas vidas, reconhecem as novas misericórdias do Senhor a cada manhã, querem confirmação do Senhor na obra que estão executando e buscam sempre novas alegrias.
Esses ungidos com Óleo Novo florescem como a palmeira e crescem como o cedro do Líbano, porque estão plantados na casa do Senhor. Mesmo na velhice ainda darão frutos, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o SENHOR é BOM.
Observe agora os versículos 12 a 14:
I- O JUSTO FLORESCERÁ COMO A PALMEIRA.
a) O florescer de uma árvore depende muito de suas raízes.
b) A palmeira é uma das poucas árvores que independe das estações para florescer e dar frutos.
c) A palmeira independe também do solo para frutificar.
d) As raízes da palmeira tem uma busca incansável de chegar aos lençóis freáticos e encontrar água.
A palmeira é uma árvore que resiste bem ao calor, mas morre no frio. Isto quer dizer que quando nos afastamos do calor e da presença do Senhor morremos espiritualmente.  A palmeira é uma das árvores mais difíceis de arrancar da terra, pois possui uma das raízes mais fortes entre as árvores. Assim como a palmeira tenha sua raiz em Cristo. Ele é o Deus que tudo pode, por isso não importa o momento, o instante e o lugar, pois Ele tem poder para mudar qualquer situação e fazer qualquer um produzir frutos. Então não fique preocupado com o tempo, pois se Ele é contigo não existe tempestade que Ele não transforme em um dia de sol luzente. Além disso, tenha sede de buscar o poço (como a palmeira), a fonte de águas vivas e você viverá repleto (a) da graça e misericórdia divinas. Deixe o amor de Deus transbordar e ser abundante em sua vida e viva com a exuberância de Seu amor. Não pare, continue buscando até chegar a esse poço, não deixe os obstáculos te vencerem, pois Ele afirma que o cristão deve florescer todo o tempo, independente da situação e do momento que está passando.

II- O JUSTO CRESCERÁ COMO CEDRO NO LÍBANO.
          a) Nos primeiros três anos de vida as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco centímetros de altura.
          b) Ela demora cerca de 5 anos para começar a crescer em estatura, porém suas raízes continuam a crescer.
          c) As rochas sempre são obstáculos para as raízes de uma árvore comum, mas para o cedro isso lhe é um auxilio.
          d) É uma árvore conífera de grande porte que chega atingir de 40 a 50 metros de altura, excepcionalmente chega a 60 metros com um tronco que pode medir até 3 metros de diâmetro.
O cedro é uma árvore majestosa que foi escolhida como emblema da bandeira libanesa por simbolizar força e imortalidade. Embora existam muitos tipos de cedros, o Cedro do Líbano ou Cedrus libani é a espécie mais velha e mais forte podendo viver ao longo de centenas anos. Que lição aprendemos com essa árvore? 1ª Antes de crescer é preciso estarmos bem enraizados e nutridos com a Palavra de Deus se quisermos crescer “fortes e saudáveis” e sermos “árvores de grande porte”. O tempo para sua promessa se cumprir pode demorar, mas tudo é uma questão de preparo. Você só vai ter a imponência do cedro, quando sua raiz for profunda, forte e inabalável. E como consequência do aprofundamento da raiz, sua estatura durante um tempo será pequena, porém esta etapa é necessária para se tornar uma das árvores mais altas do mundo. Ainda que o seu crescimento seja lento conforme a experiência do cedro, ele acontecerá e se tornará visível a todos. Afinal como uma árvore de 40 metros de altura não irá cair com um vento forte se suas raízes forem podres e rasas? Se quiser chegar “alto” primeiro coloque suas raízes em Jesus e se aprofunde até o ponto de não ser derrubado por um vento forte e estar pronto para receber a benção que Ele preparou para você.  2º Faça das pedras que te lançam e os problemas que surgem em sua vida uma escada (degraus) para chegar mais perto do céu e do Criador. Há informações de que a raiz quando cresce muito e atinge alguma rocha continua crescendo em volta da rocha, abraçando-a. As barreiras que aparecem no caminho não são para impedir de continuar a jornada, mas para nos agarrarmos a elas e fazer dos desafios um trampolim para a vitória.
Ao invés de afasta-lo (a) use-as para aproximar e chegar ao seu objetivo. Ou seja, transforme o que é ruim em bom; o problema em solução. E aproveitando o tema da árvore também digo que toda árvore que produz frutos leva pedrada, mas árvore infrutífera não. Vou fazer uma comparação: imagine um pé de manga cheio desta fruta e outro pé também de manga só que vazio. Qual levará pedrada? Qual terá o seu fruto roubado? Com certeza a quem frutos. Pois o que fazer com uma árvore infrutífera? A única utilidade que vem na minha cabeça seria cortá-la em pedaços e usá-la como lenha para lareira e fogão, ou seja, usá-la como combustível para produzir fogo. Deixe de produzir frutos para o Senhor e no final você será queimado literalmente.
A essência da Palavra de Deus é o amor e o perdão. Quanto mais nós exercitarmos o amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão nossas raízes.

III- OS JUSTOS FLORESCERÃO NOS ÁTRIOS DO NOSSO DEUS.
a) Os Átrios eram lugares circundados por colunas em que se reuniam cada grupo em especifico.
b) No templo da época do salmista havia pelo menos 4 átrios:

         B-1. Átrios dos Gentios.
         B-2. Átrios dos Homens.
         B-3. Átrios das Mulheres. 
         B-4. Átrios dos Sacerdotes. 
Apesar de haver divisões para Sua adoração todos estavam no mesmo templo. Templo é a mesma coisa neste contexto que coração, graça e salvação. Então dizer que existem vários átrios significa que podem existir diferentes locais e posições para a adoração ao Senhor mais uma coisa é certa: todos estão no Seu coração e compartilhamos o mesmo amor, tantos os bons como os maus; os obedientes como os rebeldes partilham da mesma salvação de Deus que é livre e acessível para qualquer um que invoque o nome do Senhor e O confesse como seu Salvador.

IV- O JUSTO NA VELHICE DARÁ FRUTOS.
a) No reino de Deus não há aposentadoria.
b) Deus usou o profeta Joel e disse: "[...] Os velhos terão sonhos [...]" (Joel 2.28).
c) Alguns exemplos de pessoas avançadas em idade que fizeram história:
        1 c) Noé foi chamado avançadíssimo em idade. Ele entrou na arca com 600 anos (Gênesis 7.6-7).
        2 c) Abraão com 75 anos foi chamado por Deus. (Gênesis 12.1-4).
        3 c) Moisés foi chamado por Deus com 40 e tirou o povo do Egito com 80 anos.
        4 c) Miriam foi reconhecida como profetiza com 90 anos de idade (Êxodo 15.20).
O corpo deles podia estar velho, entretanto o espírito não estava. A velhice não é de tudo ruim, já que nela geralmente temos uma grande variedade e quantidade de informações sobre tudo na vida. O seu corpo pode envelhecer, mas se tiver um espírito forte e jovem terá vigor e vida plena (após a morte). E como faço para ter um espírito assim? Buscado a Deus (orando incessantemente) e se alimentando de Sua Palavra. E como disse, enquanto houver fôlego de vida ainda haverá mais promessas a serem conquistadas e além de também continuar a ser um vaso nas mãos Dele.
Deus tem grandes promessas para com os justos e que as metáforas que aqui foram usadas nos sirvam de estímulo para podermos prosseguir florescendo e crescendo. Que esse salmo tão lindo possa te refletir o crescimento espiritual de que precisamos. Vale lembrar que nada que passamos aqui é por acaso, tudo tem um propósito. O Espírito que nos foi outorgado nos ajudará a atingir essas verdades. Fique com a paz do Senhor!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O Naufrágio




Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo tendo conseguido se agarrar em parte dos destroços para poder ficar boiando. Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada fora de qualquer rota de navegação, e ele agradeceu novamente.
Com muita dificuldade ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, dos animais, e como sempre agradeceu.
Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia. No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, uma forte chuva caiu sobre a ilha e um raio atingiu o seu abrigo deixando-o em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.
Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando:
"O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"
Chorou e blasfemou tanto, que adormeceu, profundamente cansado.
No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.
- "Viemos resgatá-lo!" - disseram.
- "Como souberam que eu estava aqui?" - perguntou ele.
- "Nós vimos o seu sinal de fumaça!"
Moral da história
É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal. Mas Deus sempre age em nosso benefício, mesmo nos piores momentos...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Soberania

Levante-se, tome o menino e sua mãe, e vá para a terra de Israel, pois estão mortos os que procuravam tirar a vida do menino (Mateus 2.20).
Algum tempo depois de Jesus nascer, um anjo avisou seu pai José em um sonho que o rei Herodes procurava matar o menino. Herodes sentira-se ameaçado quando os magos vindos do oriente lhe perguntaram onde estava o recém-nascido rei dos judeus, pois queriam adorá-lo (Mateus 2.1). Por isso, Herodes mandou matar todos os meninos com menos de dois anos nas proximidades de Belém, onde Jesus havia nascido. Herodes não queria que ninguém o atrapalhasse e ocupasse o seu lugar. Mas, embora ele fosse rei em Israel e todos ali estivessem debaixo da sua autoridade, não era ele quem controlava a história.
O fato de ele mandar matar muitas crianças foi um episódio muito triste, mas mesmo em meio a esta circunstância tão cruel Deus mostra que é soberano e que faz cumprir a Sua vontade. Jesus veio a este mundo para cumprir uma missão, e não seria Herodes quem impediria isto. Mais tarde, o anjo apareceu novamente a José, no Egito, anunciando que o perigo passara e que poderia voltar para sua terra natal (veja o versículo em destaque). O retorno da família a Israel, que parece apenas um detalhe, acaba constituindo mais uma prova da soberania de Deus, que cumpriu as profecias relacionadas a Jesus (versículo 15).
Saber que Deus vai cumprir todos os planos que tem para a nossa vida nos dá um grande conforto. Não importa quem esteja ao nosso redor, ou que circunstâncias estamos enfrentando: certo é que nada pode deter a soberana vontade de Deus. Isto não significa que tudo esteja predeterminado, que não tenhamos livre escolha ou que nada do que façamos de fato importe. Antes, significa que os planos especiais que Deus tem para cada um de nós são garantidos pela Sua soberania e que não há no mundo poder que possa impedi-Lo. Podemos sempre contar com este cuidado e proteção do Pai enquanto cumprimos nossa missão neste mundo.
Nada pode frustrar os planos eternos de Deus.

Leitura Bíblica:

Mateus 2.13-21