É comum vermos de modo muito
claro os erros dos outros, mas achamos muito difícil fazer a mesma coisa em
nós. O sacerdote Eli julgou a atitude de Ana, acusando-a de estar sob efeito de
muito vinho, mas nunca percebeu a grave desobediência de seus próprios filhos.
Só depois de muita queixa ele disse: “ De todo o povo ouço a respeito mal que
vocês fazem” (v23). Logo depois, um home de Deus veio ao seu encontro e avisou
ao sacerdote que a paciência de Deus com sua família tinha acabado. Eli havia
confundido uma oração com embriaguez, mas não reconhecia a maldade de seus
filhos. Essa distorção é comum ao ser humano, sempre preocupado com a
espiritualidade alheia e esquecendo-se de cuidar da sua própria. Fico surpreso
por ter conhecido tantas pessoas com facilidade em ver os erros de outras e com
muita dificuldade em perceber os seus. Parece que no tocante aos outros usamos
um espelho novo e quando chega a nossa vez, um fosco. Nossa tendência a fazer o
que é mau obscurece nosso julgamento quando se trata de nossa própria pessoa.
Justificamos nossos atos segundo nossas preferências, nosso orgulho e vaidade,
ou de acordo com os outros interesses envolvidos. Por causa do seu caráter
santo, o julgamento de Deus é o único correto e verdadeiro. Só usaremos um
“espelho novo” se permitirmos que o Espírito Santo nos julgue usando a palavra.
Isso dói, mas é necessário para que haja crescimento. Troque o espelho que você
usa para julgar os outros e use-os em si mesmo. A falta desse princípio sadio
tem sido uma das causas de tantos dissabores nos relacionamentos. A inveja, o
orgulho, o complexo de superioridade, a ambição por fama, destaque e posições
elevadas têm-se manifestado nesse
julgamento feito com o espelho defeituoso.
Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá
claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão (Mateus 7.5).
Leitura Bíblica:
1 Samuel 2.12-17;22-25
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