Montes e Vales

Subir montanhas é atraente para muitos. É o caso dos alpinistas que chegam a arriscar a própria vida para conquistar os picos mais altos do mundo. Os discípulos do Senhor Jesus também gostaram de estar no alto do monte, mas foi por causa da visão gloriosa da transfiguração de Jesus. Aquilo foi tão impressionante que nem quiseram mais descer. É compreensível que preferissem permanecer ali, mas a descida ao vale era inevitável, e lá encontraram uma vítima de demônios, que não conseguiram libertar. Então Jesus interveio para expulsar o maligno e curar o menino. Foi uma lição para aprenderem que o importante não é o lugar onde estamos nem circunstâncias favoráveis, mas que o Senhor Jesus esteja presente e atuante. Viram que ele operava tanto nos momentos gloriosos, longe dos problemas, como no vale, junto às pessoas necessitadas. È motivo de alegria saber que o nosso Deus é Senhor tanto no monte como no mais profundo vale. Já no Antigo Testamento o salmista Davi dizia: “Mesmo quando eu andar por um vale de trevas de morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem” (Sl 23.4). Precisamos de Deus nas alturas, quando tudo vai bem, quando a vitória e o sucesso nos encantam e a personalidade chega ao seu mais alto grau, como também quando estivermos no vale sombrio das experiências amargas e até mesmo diante da morte. Em todas as situações necessitamos da mão poderosa de Deus, tanto na alegria, quanto na tristeza. Sobretudo, é essencial lembrar que Deus é bom e que não há por que ter receios, uma vez que ele está conosco e em nós por meio do seu espírito no alto monte e no vale sombrio. O senhor Deus nos diz: “Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito” (Isaías 57.15).

Podemos contar com Deus tanto nos altos montes como nos vales da vida.

Leitura Bíblica:

Mateus 17.1-18